Elisa Larkin Nascimento, Eliane Potiguara e Célia Tupinambá também marcarão presença na festa literária entre os dias 26 e 29 de outubro
A diversidade e a inovação tomam conta da 11º edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica). O evento acontece de 26 a 29 de outubro e apresenta uma programação formada por um time de peso, pautado em evidenciar as contribuições de baianos para a História. Mais do que isso.
Com o tema “Poéticas Afroindígenas no Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia” esta edição promove uma conexão entre a literatura e os diversos conhecimentos e saberes dos povos originários e negros, inclusive, a partir das falas de alguns expoentes internacionais.
A Tenda Paraguaçu, espaço montado nas margens do Rio Paraguaçu onde acontecem as principais mesas, contará com as falas de mulheres indígenas que estão fazendo História: Auritha Tabajara, a primeira indígena a publicar livros em cordel no Brasil e Yacunã Tuxá, ativista indígena, LGBTQIAPN+, artista visual, ilustradora e escritora.
Nesta mesma linha, também apresenta a professora Eliane Potiguara, a primeira mulher indígena a receber o título de Doutora Honoris Causa no país, além de escritora, ativista, empreendedora e fundadora da Rede Grumin de Mulheres Indígenas e Célia Tupinambá, liderança indígena, artista, professora, realizadora do documentário “Voz das mulheres indígenas” e a primeira, em 400 anos, a fazer o Manto Tupinambá.
Entre os nomes internacionais, figuram a escritora, atriz, contadora de histórias e assistente social cubana, Teresa Cárdenas, autora das obras “Cartas para minha mãe”, “Cachorro Velho” e “Mãe Sereia”; a escritora de linhagem iorubá, da Nigéria, Oyèrónkẹ́ Oyěwùmí, autora das obras “A invenção das mulheres: Construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero”, “Espistemologias de gênero em África” e “What Gender is Motherhood? Changing Yorùbá Ideals of Power, Procreation, and Identity in the Age of Modernity” (Qual é o gênero da maternidade? A mudança dos ideais iorubás de poder, procriação e identidade na era da modernidade, ainda sem publicação no Brasil).
Entre as confirmadas, está a estadunidense, Elisa Larkin Nascimento, mestre em Direito e em Ciências Sociais e doutora em Psicologia. Elisa ficou conhecida no Brasil por ter fundado o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (IPEAFRO), ao lado do professor Abdias Nascimento, e por ser autora dos livros “O Sortilégio da Cor”, “Abdias Nascimento, A Luta na Política” e “Adinkra, Sabedoria em Símbolos Africanos”.
As participantes se juntam a nomes como Tiganá Santana, Eliana Alves Cruz, Marilene Felinto, Cleidiana Ramos, Luciany Aparecida, Adriele do Carmo, Luciany Aparecida, Adriele do Carmo, Nego Bispo, Deisiane Barbosa, Deko Lipe, Ricardo Ishmael, Cássia Vale, Eliana Alves Cruz, Nadja Bittencourt, Marcelo Souza e Guto Araújo.
A curadoria do evento é formada por Mírian Sumica, Luciana Brito, Jocivaldo dos Anjos e Clara Amorim (Duca). Em 2023, a curadoria artística é assinada por André Reis e a curadoria dos escritores baianos foi feita por Dyane Brito. A Coordenação Geral é de Jomar Lima (CALI – Cachoeira Literária) e a Coordenação Executiva é realizada por Vanessa Dantas da Fundação Hansen Bahia. Nesta edição, além do tradicional espaço na cidade de Cachoeira, os moradores de São Félix também poderão conferir a programação da Festa Literária.
Foto: Divulgação/Ascom/Flica