Após o rompimento político com o governo Jerônimo, Kléber Rosa (PSOL), deu detalhes sobre o afastamento com a base do governador. Em entrevista à Rádio A Tarde FM, o político baiano também falou sobre os planos da sigla para a disputa eleitoral em 2024.
“É uma coisa que a gente precisa entender melhor. Na verdade, o PSOL nunca esteve na base do governo Jerônimo, nosso movimento, desde o processo eleitoral sempre foi apoiar o governador no segundo turno e depois compor o grupo de transição”.
E completa:
“Depois disso, o PSOL se orientou com uma decisão nacional que era de não fazer parte de governos dirigidos pelo PT que fossem compostos por ampla coalizão partidária de partidos que participaram do golpe, era uma maneira da gente caracterizar qual era o nosso limite para estar no governo. O PSOL nunca esteve na base do governador Jerônimo”, disse.
Apesar do congresso estadual do PSOL ter formalizado a pré-candidatura de Kléber Rosa à Prefeitura de Salvador, em 2024, o próprio afirmou que ainda não se decidiu sobre o assunto.
“Não houve decisão sobre o nome que vai disputar a eleição ainda. Essa decisão vai se dar posteriormente pelo diretório municipal. O congresso estadual ratificou, reafirmou que nós vamos ter candidatura própria, que era algo que se ventilava a possibilidade de o PSOL não ter candidatura própria e embarcar no entorno da candidatura de setores do campo progressista. O PSOL reafirma sua posição de ter cara própria e de apresentar o seu projeto para a cidade de Salvador. Mas o debate sobre quem será o candidato ou a candidata, se dará a partir de agora”, pontuou.
Kléber Rosa comentou ainda sobre a não escolha pelo nome do deputado estadual Hilton Coelho, único do partido com mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (AÇBA).
“Isso reflete um pouco o momento do nosso partido, outras figuras surgiram com expressividade do processo eleitoral. O meu nome é um dos que surge com expressividade interna e externa. Tem a Tâmara Azevedo que foi candidata ao Senado. O surgimento é um processo de amadurecimento do PSOL, que vai despontando outras figuras, outras lideranças. E é natural que o partido termine despontando essa diversidade nos espaços eleitorais. Hilton não descarta essa possibilidade, não retira o nome dele da disposição do partido, se o partido entender ele pode ser um bom nome para representar o partido no momento, disse.
Por fim, o político também revelou qual o prazo do partido para apresentar o nome que está à disposição para disputar a eleição em Salvador.
“Vamos nos debruçar sobre isso agora. Terminou o congresso estadual e como consequência vamos também fazer a mudança na direção municipal. Devemos fazer isso nos próximos dias. Acredito que no início de outubro a gente deve fazer a recomposição da direção municipal e a primeira tarefa é justamente debater a sucessão municipal. Acredito que de outubro até novembro devemos ter a gente deve ter batido o martelo sobre a posição de quem vai encarar essa disputa”, concluiu.
Foto: Eric Luis Carvalho/g1