A Câmara dos Deputados adiou a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Quem não escapou do adiamento, foi o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional general Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias.
Houve uma negociação com o líder do governo na CPI, o deputado Alencar Santana (PT), que retirou a obstrução da pauta para deixar a convocação de Rui apenas após o recesso parlamentar. O acordo não agradou os parlamentares bolsonaristas.
Para o relator, o deputado e ex-ministro do Meio Ambiente na gestão Bolsonaro, Ricardo Salles (PL), a convocação de Rui e de G. Dias são justificadas pelo entendimento de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitora a atividade de grupos sem terra. No governo Lula, o órgão esteve subordinado ao GSI, quando ainda estava sob comando de G. Dias, e também sob os cuidados da Casa Civil.
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