Segundo números da Fundação Getulio Vargas, os preços no atacado seguem comportados e devem ajudar a reduzir a pressão sobre o varejo nos próximos meses.
O Índice Geral de Preços-10, calculado pela, subiu 0,05% em março, abaixo do 0,08% esperado pelo mercado, mas ligeiramente acima do 0,02% de fevereiro. Com esse resultado, o índice, que coleta os preços entre os dias 10 de cada mês, acumula alta de 0,12% no ano e de 1,12% em 12 meses. O índice é forma por três outros indicadores, o de preços ao produtor, o IPA, ao consumidor, o IPC, e da construção civil, o INCC.
No índice ao produtor, a principal contribuição para a taxa negativa partiu dos Produtos Industriais, que passaram de 0,10% em fevereiro para -0,32% em março, sob influência de Produtos Derivados de Petróleo e Biocombustíveis (de -1,07% para -2,33%), Produtos Alimentícios (de -0,89% para -1,24%) e Produtos Químicos (-1,58% para -1,69%), afirma André Braz, coordenador de Índices da FGV.
Segundo Braz, esses movimentos permitiram que o índice ao produtor acumulado em 12 meses ficasse negativo, em 0,52%, a maior deflação anual desde março de 2018, quando caíra 1,56%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) caiu 0,07% em março, um pouco menos que o recuo de -0,14% de fevereiro. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) subiu 0,47% em março, desacelerando em relação à alta de 0,55% de fevereiro. Em 12 meses o IPC-10 acumulou alta de 4,64% O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) subiu 0,12% em março, menos que o 0,33% de fevereiro, com menor pressão de mão de obra. Em 12 meses, o INCC-10 acumula alta de 8,63%.
Fonte: Minuto Touro
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