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DIRETOR DA PETROBRÁS ACREDITA QUE PREÇOS DA GASOLINA VÃO CONTINUAR ALTOS NO SEGUNDO SEMESTRE

Redação - 30/07/2022 06:11 - Atualizado 30/07/2022

Cláudio Mastella, diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, disse que a companhia ainda vê o cenário do fornecimento de diesel com “cautela”. Ele afirmou que o cenário do preço de diesel é de “manutenção de preços elevados parecidos com os atuais”. Ele participou da apresentação dos resultados do segundo trimestre deste ano a analistas. A estatal registrou lucro líquido de R$ 54,3 bilhões no segundo trimestre deste ano. Na quinta-feira, a companhia anunciou ainda redução no preço da gasolina e nos valores dos combustíveis de aviação. Anunciou ainda o pagamento recorde de dividendos para um trimestre.

– A gente ainda enxerga com cautela o cenário de diesel nos próximos meses, em função do aumento sazonal da demanda no segundo semestre, com o inverno no hemisfério norte, além da menor oferta com exportações russas e as paradas programadas de refinarias aqui no Brasil – disse Mastella. Ele lembrou ainda de eventuais indisponibilidades de refino nos Estados Unidos e no Caribe por conta da temporada de furacões no segundo semestre. Por isso, ele lembrou que a estatal está antecipando a formação de seus estoques

-Para garantir que nossos clientes continuem sendo bem atendidos, reavaliamos o estoque de diesel para o segundo semestre e antecipamos algumas compras, buscando garantir o nível de atendimento. Nos últimos dez dias, a estatal reduziu o preço da gasolina por duas vezes, mas manteve inalterado o valor do litro do diesel. A empresa vê forte demanda por diesel entre os meses de agosto e setembro.

-A expectativa é de que o diesel fique nesse nível e até mais forte a não ser que se confirme, por exemplo, uma forte recessão global, que até agora não se não se configurou. Preocupado com uma possível falta de diesel, o presidente Jair Bolsonaro chegou a falar que estava em negociações avançadas com a Rússia para comprar o combustível. Segundo estimativa da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a demanda total de diesel para o segundo semestre é de 104,7 mil metros cúbicos por dia. Desse total, a importação mínima deve ser de 35% (37 mil metros cúbicos por dia) para poder atender ao consumo, já que a produção nacional será de 67,7 mil metros cúbicos por dia. Mês passado, a ANP, para evitar falta de diesel, ampliou para 9 dias prazo mínimo de estoque.

Foto: divulgação

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