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MERCADO IMOBILIÁRIO DA BAHIA AQUECE, E VENDAS CRESCEM ATÉ 33%

Redação - 18/02/2022 09:00 - Atualizado 18/02/2022

Mesmo tendo  desacelerado no último trimestre,  o mercado imobiliário da Bahia encerrou o exercício de 2021 com forte crescimento. As vendas de imóveis novos, em todo o estado, somaram no ano passado 9.750 unidades, numa alta de 12% na comparação com 2020 (8.689). Em Salvador, o desempenho foi ainda melhor: alta de 33%, segundo pesquisa anual realizada pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), e  divulgada ontem.

Ao todo, segundo o levantamento da Ademi-BA,  os soteropolitanos adquiriram 5.497 imóveis no ano passado, contra 4.127 em 2020. Ou seja, foram vendidos 1.370 imóveis a mais. Vale lembrar que o período foi marcado pelo agravamento da   pandemia do novo coronavírus e  pela elevação  da taxa básica de juros, a Selic.

De acordo com o levantamento da Ademi, a  quantidade de novos empreendimentos lançados também cresceu na Bahia no ano passado, em 16%.  Ao todo, foram 8.870 novas unidades contra 7.642  em 2020. O Programa Casa Verde e Amarela respondeu por 65%  deste total.  Em Salvador, porém, houve uma queda de 2%. Na capital baiana, as construtoras e incorporadoras lançaram, em 2021, 4.155 unidades contra 4.240 em 2020.

Os  bairros de Salvador que se destacam em novos lançamentos foram  Horto Florestal, Pituba, Imbuí, Graça e Barra. Além de Salvador, ocorreram lançamentos  em Camaçari, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Santo Antonio de Jesus, Vitória da Conquista e Mata de São João. Ainda de acordo com a pesquisa da Ademi-BA, o estado chegou, em dezembro passado,  com 9.585 unidades disponíveis para a venda, num aumento de 2% em relação a 2020. Já a oferta em Salvador foi em sentido contrário:  queda de 17%, passando de 4.896 (dezembro/2020) para 4.042 (dezembro/2021).

Em relação aos três primeiros trimestres de 2021, os últimos três meses de 2021 foram de desaceleração no setor imobiliário do estado. Houve uma queda de 21% no volume de vendas, em Salvador, no quarto trimestre de 2021  em relação ao   trimestre imediatamente anterior.  O movimento de lançamento de novos empreendimentos também diminuiu. A queda foi de 20% em outubro, novembro e dezembro, como revelam os dados da Ademi-BA.

A variação na quantidade de imóveis vendidos na Bahia, nos últimos três meses de 2021, sofreu queda parecida. As assinaturas de contratos de venda reduziram 19%, em relação aos três trimestres anteriores. Foram 2.430 (4º tri/2021) contra 2.896 (3º tri/2021), conforme o levantamento da Ademi-BA.

A redução dos negócios no quarto semestre, como explica o presidente da Ademi-BA, Cláudio Cunha, está ligada aos gastos de fim de ano e à volta da alta da inflação. “É o momento que as pessoas mais gastam, consumindo produtos típicos das festas de fim de ano e fazem viagens. Além disso, também houve o aumento da inflação nesse tempo e inevitavelmente desaquece um pouco”,  explicou Cláudio Cunha.

Apesar disso, essa queda não representa perda no crescimento alcançado no ano passado, em relação a 2020. O boom do setor está apoiado, entre outros fatores econômicos, na valorização dos imóveis durante a pandemia. “As pessoas ficaram mais contidas em suas casas, por conta do isolamento, e o imóvel se tornou o principal elemento de conforto”, argumenta o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA), Alexandre Landim.

Tendências

O mercado  de imóveis tem adaptado as residências aos novos hábitos dos consumidores. A pandemia da covid-19 e o novo conceito de economia compartilhada são os principais impulsionadores das mudanças ocorridas nesses espaços. A especialista em comportamento do consumidor, Luciana Nunes, explica que “novos espaços, formas de consumir e de conviver nos ambientes imobiliários são tendências baseadas na valorização de valores como conforto, preservação ambiental e economia”, destaca.

Ela conta que as tendências que vêm se destacando nos imóveis são:  O coworking comercial e em condomínios, que nada mais são do que espaços para o trabalho home office, dentro do apartamento, ou em um ambiente do condomínio para ser compartilhado. Outros espaços compartilhados como bicicletários e salas de TV também têm sido desejados pelos condôminos. Coliving é a nova modalidade de moradia compartilhada, pensada para aqueles que se interessam pela ideia de morar com amigos na velhice. É segura, confortável e com acessibilidade para o público 50+. O primeiro do Brasil foi inaugurado em 2018, em São Paulo.

Foto: divulgação

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