No momento em que a Braskem está em processo de venda das ações da Odebrecht, para cumprir o plano de recuperação judicial que determina a venda do ativo até o fim deste ano, surge uma nova querela jurídica que pode retardar o processo. É que o ex-presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, está pedindo na Justiça o bloqueio do dinheiro que será levantado com a venda da empresa. está há dois anos preso nos Estados Unidos por conta dos processos de corrupção na empresa, pede na Justiça que o dinheiro da venda seja depositado em juízo até o fim do julgamento da causa. Grubisich como credor, alega fraude aos credores por conta da cessão da Braskem como garantia.
Pelo plano de recuperação judicial, o dinheiro será usado primeiro para pagar integralmente os bancos que têm as ações em garantia de empréstimos e apenas se sobrar algo é que será rateado entre outros credores. Mas a defesa de Grubisich, do escritório Warde Advogados, alega que as ações foram dadas em garantia para renegociação de empréstimos de 12 bilhões de reais quando a Odebrecht já estava em dificuldades. Também alega que apenas 4 bilhões de reais foram em empréstimos com dinheiro novo e que apenas esta parte tem legitimidade na garantia. (RV)