O Ministério da Saúde reduziu para 43,8 milhões a previsão de doses de vacinas contra Covid a serem distribuídas em junho. Até então, a estimativa, calculada a partir de dados de fornecedores, era de 52,2 milhões. Os dados constam de nova versão do cronograma divulgado pela pasta. Do total, a maior redução ocorre em doses da vacina AstraZeneca/Oxford produzidas pela Fiocruz –que passam de 34,2 milhões para 20,9 milhões. As informações são da Folha de S. Paulo.
Há ajustes, porém, também na previsão de outros fornecedores no cronograma, que passa a incluir 4,8 milhões de doses da Covax Facility que estavam previstas na versão anterior em outros meses –daí o cálculo final envolver, ao todo, cerca de 8 milhões de doses a menos em junho.
Segundo o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, a mudança ocorre devido a dificuldades na obtenção de insumos usados pela Fiocruz para fabricação das doses. “Quando tivemos confirmação de que não seria possível a produção, reduzimos nosso cronograma”, disse ele, segundo quem a pasta busca antecipar entregas de insumos na tentativa de reverter a queda.
As declarações ocorreram em audiência na Câmara dos Deputados. No encontro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, atribuiu problema nas entregas a uma dificuldade de insumos e na obtenção de vacinas a “nível mundial”. “Não é falta de dinheiro, é dificuldade com os insumos”, disse.
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