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NÚMERO DE PESSOAS FORA DA FORÇA DE TRABALHO NA BAHIA CHEGA AO MAIOR PATAMAR HISTÓRICO

Redação - 28/08/2020 14:40 - Atualizado 28/08/2020

A perda recorde de trabalho no 2o trimestre de 2020 não levou a um aumento na busca por emprego na Bahia – ao contrário. O número de pessoas que estavam procurando trabalho (população desocupada) ficou em 1,208 milhão, mostrando recuo frente ao 1o trimestre (menos 103 mil desocupados, ou -7,8%) e uma discreta variação negativa também em relação ao 2o trimestre de 2019 (menos 7 mil pessoas ou -0,5%).

Por outro lado, o número de pessoas que não estavam trabalhando nem procurando trabalho, ou seja, estavam fora da força de trabalho, teve o maior aumento e chegou a seu patamar mais alto desde 2012, quando se iniciou a série histórica da PNAD Contínua. Esse grupo cresceu 20,6% no 2o trimestre, chegando a 6,067 milhões de pessoas, 1,036 milhão a mais que nos três primeiros meses do ano.

Frente ao 2o trimestre de 2019, o crescimento da população fora da força de trabalho na Bahia foi ainda um pouco mais intenso: mais 1,076 milhão de pessoas ou +21,6%. Pela primeira vez desde que o IBGE começou a investigar trimestralmente o mercado de trabalho nos estados, a população fora da força de trabalho (não trabalhavam nem procuravam trabalho, 6,067 milhões de pessoas) ficou praticamente igual à população na força de trabalho (ocupadas ou desocupadas, 6,085 milhões de pessoas).

Dentre esses que estão fora da força de trabalho, os desalentados somaram 849 mil pessoas, na Bahia, no 2º trimestre de 2020. O estado mantém a maior população de desalentados do país, que mostrou tendência de alta tanto frente ao 1º trimestre (quando havia 778 mil pessoas nessa situação) quanto em relação ao 2º trimestre de 2019 (quando eram 766 mil pessoas).

A população desalentada é aquela que está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Entretanto, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. No Brasil como um todo, os desalentados chegaram a 5,6 milhões no 2º trimestre do ano – maior contingente da serie histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

Foto: divulgação

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