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“SALVADOR PODE PENSAR, PLANEJAR E EXECUTAR UM PROJETO MAIS OUSADO”, DIZ VALADARES SOBRE ELEIÇÕES

Redação - 13/01/2020 11:00

O presidente estadual do PT, Éden Valadares, é otimista com relação à eventual vitória do PT na eleição de 2020 em Salvador. O gestor da sigla se posiciona diante da indefinição de quem será o representante que entrará na corrida para enfrentar o pré-candidato do prefeito ACM Neto, Bruno Reis (DEM). “O PT, ao contrário dos partidos mais tradicionais, por assim dizer, tem um processo singular de respeito à democracia interna e às diversas opiniões presentes no partido. Essa diversidade seja talvez a maior fortaleza do PT. Então é natural que a gente tenha um tempo próprio, de análise, de maturação e definição das coisas”, declara, em entrevista à Tribuna. Valadares faz um panorama otimista para o futuro da sigla, que sofreu forte abalo após a queda da ex-presidente Dilma Rousseff e a eleição de Jair Bolsonaro.

“Quatro anos atrás vivemos a maior maré baixa do PT. Caiu nosso número de prefeitos, vereadores, alguns mais afoitos chegaram a de Dilma foi um golpe na democracia, depois de revelada a farsa da Lava Jato contra Lula, depois de Temer e Bolsonaro destruírem as conquistas sociais, trabalhistas e ambientais, a maré mudou”, avalia. Ainda na entrevista, o presidente estadual também faz projeções para o futuro e avalia as gestões de Neto e do governador Rui Costa.

Questionado sobre o cenário político nacional ele explica. “Com muita preocupação. A agenda do país deveria ser a da geração de emprego, de renda, de oportunidades para nossa gente trabalhar, estudar, crescer e ter esperança em dias melhores. Infelizmente, Bolsonaro fez opções muito ruins. Na economia, o desmonte do nosso patrimônio, a venda das nossas estatais, a entrega da condução do país ao mercado financeiro… E hoje assistimos às famílias penando com o preço do custo de vida, do gás de cozinha, da gasolina, da carne… E na política, o cenário é ainda pior. Não há trégua, não tentativa de unir o país. Ao contrário, ele segue no palanque, radicalizando e legitimando o discurso do ódio, o expediente da violência, da perseguição aos adversários e da retirada de direitos sociais, ambientais e trabalhistas”.

Sobre o PT na oposição ele diz. “O PT faz a oposição que o governo merece. Quem segue radicalizando é o governo, não o PT ou a esquerda. De dez palavras que Bolsonaro fala, nove é Lula. Então, obviamente, ele optou pelo clima de campanha permanente. Quanto a Lula e o PT, sinceramente, não cabe a pecha de sectário. Nós governamos para todos, criamos mecanismos de diálogo, de busca de consensos nacionais. A História e os fatos estão aí. Portanto, não se pode pedir ao PT que amenize a oposição, tem que pedir a quem ganhou a eleição que busque governar, e não seguir no palanque. Insisto, a trajetória de 40 anos do PT se confunde com a defesa e o aprofundamento da democracia no Brasil. Nós respeitamos resultados das eleições quando perdemos e buscamos governar para todos quando vencemos. Aécio não. Bolsonaro muito menos”.(tb)

Foto: divulgação

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