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DIA DAS CRIANÇAS E NATAL VÃO IMPULSIONAR O NEGÓCIO DO BRINQUEDO, PREVÊ ABRINQ

Redação - 19/09/2019 09:40 - Atualizado 19/09/2019

Depois de conviver, como diversos setores, com as dificuldades do primeiro semestre, a indústria nacional está produzindo a todo vapor os brinquedos que vão encantar a garotada na Semana das Crianças. “Estamos trabalhando com o número de 8% de crescimento para o ano”, sinaliza o presidente da Abrinq – Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos, Synésio Costa. “As famílias estiveram retraídas, mas desde o início de agosto as lojas voltaram a receber significativo fluxo de consumidores.”

De 2011 a 2018, o faturamento da indústria do brinquedo passou de R$ 3.460 bilhões para R$ 6.871 bilhões, uma fotografia de contínuo crescimento em oito anos. Mantidas as variáveis atuais, prevê Synésio Costa, o crescimento deste ano pode ficar entre 7% e 10%. De acordo com a estatística anual da Abrinq, a sazonalidade das vendas ao longo de 2018 permaneceu semelhante aos anos anteriores, concentradas nos meses de agosto, setembro e novembro. O número de empregos diretos e indiretos no ano teve aumento de 161 postos de trabalho, destacando-se o aumento das vagas com carteira assinada e a ligeira diminuição das terceirizadas.

Para 23% dos fabricantes, 2019 será um ano ótimo, enquanto 67% deles esperam ser bom, 7% regular e 3% ruim. O número de brinquedos lançados em 2018 foi de 1.385, um pouco a mais que em 2017 (1.309). Curiosamente, a faixa de brinquedos de preço acima de R$ 100,00 passou de 14,9% em 2017 para 16,5% ano passado. As faixas de brinquedos com preço entre R$ 20,00 e R$ 100,00 tiveram redução. Brinquedos a partir de R$ 10,00 e entre R$ 11,00 e R$ 20,00 também ganharam participação.

Registraram crescimento nas vendas brinquedos de atividades intelectuais, criatividade, atividades físicas e mundo técnico. As vendas por linhas de brinquedos continuam mostrando predominância das bonecas e bonecos nas vendas, com 19,2%, contra 18,9% em 2017. Cresceram em participação as linhas de veículos (16,7%), jogos (9,75), reprodução do mundo real (8,5%) e puericultura (6,8%). São Paulo continua sendo o maior mercado (33,7% contra 35,8% no ano anterior), e estados como Amazonas (3%), Paraná (6,5%) e Santa Catarina (6,8%) registram crescimento importante. “Ao longo de 80 anos de história o setor de brinquedos no Brasil mostra que é possível seguir existindo e crescendo, em que pesem os efeitos das políticas econômicas”, diz Synésio Batista da Costa.

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