As recentes medidas restritivas propostas à receita do Planserv e anunciadas esta semana pelo governo da Bahia como parte do seu projeto de reforma administrativa causaram preocupação da rede de prestadores de serviços conveniada ao plano de saúde e de suas entidades representativas, a Federação Baiana de Saúde (Febase) e a Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb).
Segundo o presidente da Ahseb, Mauro Duran Adan, as medidas, se aprovadas, vão trazer prejuízos para os 518 mil usuários do Planserv e comprometer o atendimento por parte da rede conveniada, formada por 1.450 estabelecimentos de saúde. “O Planserv permanece inadimplente com os estabelecimentos conveniados, inclusive as unidades de urgência e emergência, por conta das cotas que foram estipuladas. A redução na receita torna a situação ainda mais grave”, destacou Adan acrescentando que a última estimativa feita por meio de levantamento entre as empresas associadas é de que o plano de saúde deve cerca de R$ 100 milhões.
No projeto de reforma administrativa enviado à Assembleia Legislativa e publicado no Diário Oficial do Estado no último sábado, 01/12, o governador Rui Costa reduziu pela metade a contribuição que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário fazem ao Planserv, além de prever reduções por parte de fundações, outros órgãos públicos e de economia mista.
Além disso, conforme o presidente da Febase, Marcelo Britto, as instituições devem suspender o atendimento após o encerramento das cotas, cumprindo o determinado pelo governo do Estado.