

O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou nesta segunda-feira (8) que foi expulso do União Brasil por se recusar a deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contrariando orientação da cúpula do partido. A decisão foi tomada pela executiva nacional da sigla, em votação secreta que registrou 24 votos favoráveis à expulsão.
Em transmissão ao vivo nas redes sociais, Sabino afirmou que sua saída do partido se deu por continuar trabalhando pelo Pará e pelo Brasil, mantendo-se à frente do Ministério do Turismo: “Eu continuo ajudando o Pará, continuo servindo ao Brasil. Optei pelo que acredito ser o melhor projeto para o país, e a grande maioria dos brasileiros entende da mesma forma.”
A direção nacional do União Brasil considerou que o ministro cometeu infidelidade partidária, já que o partido havia determinado, em setembro, que todos os filiados deixassem cargos no governo federal até o dia 19 daquele mês. O descumprimento, segundo a legenda, configuraria infração disciplinar.
Sabino, porém, rejeitou a pressão da cúpula partidária e defendeu sua postura: “Saio do União Brasil de cabeça erguida, com a ficha limpa. Trabalhei pelo Brasil, pelo turismo, e não me curvei diante da pressão política. Tive coragem de enfrentar o partido quando tentaram me obrigar a fazer algo com que não concordei.”
O ministro também ressaltou que não deixaria o cargo nas vésperas da COP30, evento que terá parte da programação no Brasil, reforçando seu compromisso com o governo.
Críticas à intervenção no Pará
Sabino criticou ainda a intervenção da direção nacional no diretório do União Brasil no Pará, que ele presidia: “Foi uma decisão equivocada e injusta. Intervieram no diretório do estado sem que houvesse qualquer infração ou descumprimento de regras por parte dele.”
O ministro participou remotamente da reunião que oficializou sua expulsão e reiterou que sua permanência no governo representa seu compromisso com o que considera o melhor projeto para o país.
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