

O Brasil emitiu 2,145 bilhões de toneladas de gás carbônico equivalente (GtCO2e) em 2024, sendo 16,7% menor do que as emissões brutas de gases do efeito estufa no ano anterior, com 2,576 GtCO2e. Considerando as emissões líquidas, a diminuição é de 22%.
Durante a 13ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), nesta segunda-feira (3), pela rede Observatório do Clima. Foi analisado um panorama de 2024, a partir do inventário de cinco grandes setores: mudança de uso da terra, agropecuária, energia, processos industriais e resíduos.
A diminuição nos números foi a maior dos últimos 16 anos e a segunda mais significativa da série histórica iniciada em 1990, que teve uma diminuição de 17,2% na população climática.
O secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, avaliou que o resultado positivo das reduções nas emissões coloca o Brasil em posição de destaque na COP30. “Dificilmente teremos dentro do G20 […] países chegando na COP30 com um número de redução total das suas emissões, tal qual esse número que a gente está apresentando agora.”
Em 2024, o país emitiu 2,145 bilhões de toneladas de CO₂e, sendo 42% provenientes da mudança de uso da terra, 29% da agropecuária e 20% da energia. O desmatamento foi responsável por 98% das emissões do setor de uso do solo, mas as taxas vêm caindo desde 2022, segundo a pesquisadora Bárbara Zimbres, do IPAM. “No último ano a gente teve a maior queda nas emissões brutas de 32%”, afirmou.
A Amazônia reduziu 41% das emissões, o Cerrado 20% e o Pantanal 66%, enquanto o Pampa foi o único bioma com aumento, de 6%. Entre os estados, Rondônia, Pará e Mato Grosso tiveram as maiores reduções. As emissões líquidas do país caíram para 1,49 GtCO₂e, com destaque para o setor de uso da terra, que registrou queda de 64%.
Com informações da Agência Brasil*



