Um grupo de apoiadores de do ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar (Veja aqui mais detalhes), fez os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) cancelaram as sessões marcadas em ambas as Casas que aconteceria ontem(05). O objetivo do grupo era protestar contra a prisão domiciliar decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra o ex-presidente.
No Senado, os parlamentares ocuparam a Mesa Diretora e colaram esparadrapos na boca como forma simbólica de protesto. Eles anunciaram que só deixariam o local quando Alcolumbre pautasse pedidos de impeachment contra Moraes e também cobram a votação do projeto para anistiar condenados pelo 8 de janeiro.
Em nota, o presidente do Senado criticou a medida, que chamou de “exercício arbitrário das próprias razões” e pediu “serenidade” e “espírito de cooperação” para que “o bom senso prevaleça”. “Precisamos retomar os trabalhos com respeito, civilidade e diálogo, para que o Congresso siga cumprindo sua missão em favor do Brasil e da nossa população”, disse ele. Já na Câmara, Motta publicou em uma rede social que havia determinado o encerramento da sessão de hoje e chamaria uma “reunião de líderes para tratar da pauta, que sempre será definida com base no diálogo e no respeito institucional.”
Foto: Ewerton Correia/TV Cabo Branco