A Petrobras está reavaliando sua operação no Polo Bahia, que consiste em 28 blocos em terra, com produção de cerca de 9 mil barris por dia de petróleo – ou 12 mil barris de óleo equivalente, se incluído o gás natural.
O Polo chegou a ter o processo de venda iniciado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), mas foi suspenso em setembro de 2023. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retirou-o do mercado após assumir o cargo em 2023 e encerrar a estratégia de desinvestimento de Bolsonaro.
De acordo com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, a possibilidade de venda do ativo voltou à prancheta da estatal recentemente, quando o preço do barril do petróleo começou a cair.
“A produção em terra envolve esforço grande, às vezes o campo é menor que um poço do pré-sal. Quando o óleo está a US$ 100 o barril faz sentido (produzir em terra), não a US$ 65 o barril. Vamos decidir se Polo Bahia fica com a gente, se terceiriza a operação ou se repassa o ativo”, disse Magda após sair do Fórum Estratégico da Indústria Naval Brasil-China.
O coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, disse que presidente da Petrobras, Magda Chambriard, foi extremamente infeliz em sua declaração.
Segundo ele, a retomada das atividades de perfuração e produção na Bahia não está nem nunca esteve atrelada ao valor do preço do barril do petróleo no mercado internacional.