A participação do setor de serviços na formação do PIB baiano caiu de 71,3% do PIB em 2019 para apenas 60,7% em 2022, no acumulado entre janeiro e setembro,
uma queda de mais de 10 pontos percentuais. Esse movimento começou com a pandemia em 2020, mas a tendência permaneceu em 2021 e em 2022 quanto a economia já funcionava a plena carga.
A informação foi veiculada em artigo do jornalista e economista Armando Avena, nesta quinta-feira, que se baseou em informações da SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais.
Ao mesmo tempo que o setor de serviços caia abruptamente, a agropecuária elevava sua participação ano a ano, atingindo em 2022, entre janeiro e setembro, a 16% do PIB e tornando-se o setor produtivo mais importante da Bahia, superando a o comércio, a indústria de transformação, a mineração a construção civil e outros. A indústria de transformação, que representava 11%, também elevou a produção e em 2022 representou 14% do PIB.
“O processo foi desencadeado pela pandemia e é verdade que reflete a dificuldade de alguns segmentos da área de serviços de voltarem ao patamar pré-pandemia, como por exemplo os ligados a eventos e ao carnaval, que somente agora recuperam o fôlego e ainda será preciso avaliar se essa tendência se consolidará, mas é nítida a perda de dinamismo no setor”, afirma Avena.
Em relação ao fato dos dados referirem-se apenas ao período janeiro a setembro, o Coordenador de Contas Regionais e Finanças Públicas da SEI, João Paulo Caetano, afirma que os dados do quarto semestre não devem mudar substancialmente os percentuais.
Veja aqui o artigo do economista Armando Avena