O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou estar sofrendo “retaliações” do governo Lula devido à sua posição de oposição e sua possível candidatura à Presidência da República em 2026. Diante disso, ele estuda adotar medidas judiciais contra a União.
“É um governo de fofoca, de ti-ti-ti para cá, de ‘vamos perseguir o estado de Goiás’, ‘vamos tirar Goiás da licitação das rodovias federais porque o governador de Goiás é contra nós’. ‘Ah, não vamos passar dinheiro para a saúde, para Goiás, porque o hospital de Águas Lindas está sendo sustentado todo pelo estado de Goiás’”, declarou Caiado ao colunista Paulo Cappelli.
Entre as supostas retaliações, Caiado mencionou o veto do Ministério da Fazenda a um financiamento de R$ 700 milhões que seria liberado pelo Banco Mundial. “Um assessor do Haddad fez uma portaria específica para vetar o empréstimo de R$ 700 milhões do Banco Mundial para rodovias em Goiás, com o parecer favorável do Tesouro Nacional e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional”, disse.
Além disso, ele destacou a exclusão de Goiás do leilão das rodovias federais e a falta de repasses federais para unidades de saúde estaduais. O governador já acionou a bancada goiana no Congresso e não descarta buscar a via judicial.
“É um caminho [a via judicial]. Entende? Eu passei isso, a nossa pancada, para os deputados federais, para que realmente eles levassem isso adiante […] Se isso realmente não tiver resultado, lógico que o caminho será esse. Eu poderei demonstrar claramente que Goiás está sendo prejudicado por uma perseguição claramente política”, afirmou.
Caiado também criticou a política econômica do governo federal. “Esse é o viés que esse governo toma por eu assumir essas posições minhas de não concordar com o plano econômico, que está aí com a agiotagem de 14,25% da taxa de juros”, concluiu.
Foto: José Cruz/Agência Brasil