Deputados federais e senadores irão eleger as novas mesas diretoras da Câmara e do Senado no início de fevereiro, logo após o término do recesso parlamentar. Embora ainda restem alguns dias para os pleitos, o clima de disputa e os acordos políticos vêm aquecendo os bastidores de Brasília desde o fim das eleições municipais de 2024.
Na Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) é apontado como favorito para assumir a presidência da Casa. Ele conta com o apoio do atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), e de quase todos os partidos, com exceção do Novo e do PSOL. Este último anunciou a candidatura do deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) ao comando da Casa.
No Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) surge como o principal nome para a presidência. Ele conta com o apoio do atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e de oito partidos, com exceção do PSDB e do Novo.
As negociações pelos demais cargos das mesas diretoras seguem intensas, com partidos impondo condições e negociando apoio. O PL, segundo maior partido do Senado, ficou de fora da atual composição da Mesa após lançar Rogério Marinho (RN) à presidência da Casa em 2023, uma candidatura que acabou derrotada por Rodrigo Pacheco. Agora, o PL apoia Alcolumbre e deve conquistar a 1ª vice-presidência.
Segundo os regimentos da Câmara e do Senado, a escolha dos integrantes das mesas diretoras é baseada na proporcionalidade, privilegiando as maiores bancadas. Contudo, as alianças e trocas de apoio político também exercem grande influência na definição dos cargos.
Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados