A retomada da economia brasileira tem se refletido também no acesso dos empreendedores a crédito. No último ano, o Fundo de Aval para Micro e Pequena Empresa (Fampe), gerenciado pelo Sebrae, viabilizou R$ 3 bilhões em crédito para cerca de 46 mil empreendimentos. O valor é 73% maior se comparado com o ano de 2023.
“O acesso a crédito é um dos maiores desafios para os pequenos negócios e a grande barreira é a falta de garantia”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima. “O programa oportuniza soluções significativas, com o crédito assistido e orientado. Os fundos de aval como o Fampe são essenciais para ampliar as chances de obtenção de crédito, uma vez que a comprovação de garantias reais é uma das principais barreiras que inviabilizam a contração do crédito. Com o Acredita, os empreendedores e empreendedoras poderão sair com uma estratégia de crescimento e de expansão da empresa, para gerar mais empregos e melhorar seu faturamento”, afirma o presidente do Sebrae, Décio Lima.
O Sebrae tem atuado junto ao governo federal por meio do programa Acredita para ampliar o acesso das micro e pequenas empresas a financiamento. Apenas via Fampe, 29 instituições bancárias estão aptas a ofertar os recursos que foram possibilitados com o aporte de R$ 2 bilhões do Sebrae e que vão viabilizar R$ 30 bilhões em crédito nos próximos três anos.
“A nossa carteira é diversificada. Em um ano, o Sebrae atendeu 200 mil empreendedores interessados em crédito, foram realizadas 68 mil horas de consultoria e 431 mil horas de capacitação para que esses empreendedores conseguissem crédito”, ressalta Décio Lima. O volume de crédito do Fampe foi distribuído para 49,3% das empresas de pequeno porte, 25,1% microempresas e 25,6% de microempreendedores individuais (MEI). Entre as atividades, os financiamentos foram endereçados a Comércio (52,6%), Serviço (28,7%) e Indústria (18,5%).
As cooperativas foram as que mais concederam crédito: 67% das transações com aval do Fampe vieram dessas instituições. A Caixa ficou em segundo lugar com 22%, BDMG com 5% e BNB, 2%.
Foto: Agência Sebrae de Notícias.