A economia baiana cresceu 3,1% entre janeiro e setembro de 2024 em comparação ao mesmo período de 2023. E, até o final do ano, deve crescer um pouco mais, já que a expectativa é de que o comércio e o setor de serviços tenham um melhor desempenho com as festas de fim-de-ano. A Bahia registrou um PIB de R$ 340 bilhões no período, o que representa aproximadamente 4,0% do PIB brasileiro.
O desempenho mais expressivo se verificou no setor serviços que cresceu 3,9%, destacando o crescimento do comércio com incremento de 4,4%. Entre janeiro e setembro, as vendas no varejo dispararam, com destaque para os setores de hipermercados e supermercados, veículos, material de construção, farmácias, móveis e eletrodomésticos e outros. E o apelo das festas de fim-de-ano deve ampliar as vendas fazendo deste Natal o melhor dos últimos anos.
As atividades imobiliárias registraram incremento de 3,6% e o segmento de serviços, especialmente os chamados serviços prestados às famílias, que incluem bares e restaurantes, oficinas e serviços de todo tipo, também cresceu de forma significativa. Dois outros segmentos destacam-se no setor de serviços, que representa cerca de 60% da economia baiana: a administração pública, que cresceu 2,9% , e a atividade turística, que superou definitivamente o patamar pré-pandemia.
Este vem sendo um ano especialmente bom para o turismo, com a taxa de ocupação hoteleira em patamar acima da média e o turismo de negócios e eventos tendo destaque durante o ano inteiro.
A indústria baiana cresceu 3,8%, com destaque para a indústria de transformação com incremento de 4,7%. A indústria baiana, muito vinculada ao setor de óleo e gás, teve no segmento de derivados de petróleo a maior contribuição positiva, com aumento na produção de óleo diesel, querosene de aviação e gasolina. Destaque também para produtos de borracha, químicos e petroquímicos, celulose, bebidas e outros. A construção civil, por outro lado, registrou crescimento de 3,7%, puxado fundamentalmente pelo mercado do Minha Casa, Minha Vida.
O resultado poderia ter sido melhor, mas o PIB da Agropecuária registrou uma queda de 3,6% entre janeiro e setembro, por conta da retração na produção de grãos e outros produtos. Nada muito grave, pois há um efeito estatístico já que em 2023 o estado colheu uma safra recorde e a base de comparação foi alta, mas houve redução na produção de soja (-0,4%), milho e outros produtos. Ainda assim, a atividade pecuária (bovinos, suínos e aves) registrou crescimento.
O resultado positivo da economia baiana reflete a ampliação da renda e do emprego, já a taxa de desemprego é das mais baixas já registradas e houve incremento real da renda. Por outro lado, os programas sociais como Bolsa Família e a Previdência Social injetam bilhões na economia aquecendo o consumo das famílias. Os números são da SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais.
IMÓVEIS: O ERRO DO ÍNDICE FIPEZAP
O Índice FipeZAP, que analisa mensalmente a dinâmica de preços de imóveis em 11 capitais brasileiras, está passando uma informação errada aos soteropolitanos. Segundo o índice, o bairro de Salvador com o metro quadrado mais caro é a Barra, com cerca de R$ 10 mil/m2. Ora, qualquer corretor que atue no mercado de Salvador sabe que o Corredor da Vitória e o Horto Florestal são os bairros mais caros da cidade, com preços que superam em mais de 50% o maior valor declarado pelo índice Zap. Isso decorre de um motivo simples, o Horto Florestal é considerado como Brotas e o Corredor da Vitória, como Barra. A equipe que calcula o índice já foi avisada, mas persiste.
AUMENTO NA TAXA DE JUROS
O Copom – Comitê de Política Monetária deve aumentar os juros em 0,75% ou em 1%. Qualquer que seja a decisão, vai ser exagerada. A inflação vai ficar na meta ou cerca de 0,2% acima e um aumento de 0,25% seria suficiente. O aumento vai reduzir o crescimento do PIB e os investimentos em 2025 . E vai haver aumento na dívida pública. Cada aumento de 1% na Selic, aumenta o custo adicional sobre a dívida pública entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões por ano. Isso ocorre porque uma parcela significativa da dívida pública está atrelada à taxa Selic, o que torna o serviço da dívida mais caro. E piora a relação Dívida/PIB, pois o valor nominal da dívida aumenta e o PIB nominal cresce menos.
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