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SEMINÁRIO DA ACB DISCUTE POSSIBILIDADES DE NEGÓCIOS ENTRE A BAHIA E A BULGÁRIA

João Paulo - 17/09/2024 13:27

A Associação Comercial da Bahia (ACB) promoveu na manhã desta terça-feira (17) o primeiro seminário internacional “Fazendo Negócios com a Bulgária”, em parceria com a Associação de Indústrias da Bulgária (BIA). De acordo com o presidente da ACB, Paulo Cavalcanti, o evento amplia a visão de negócios para a Bahia. “Neste evento, percebemos que precisamos demonstrar mais os nossos potenciais de negócios, e, a partir dessa iniciativa, vamos potencializar nosso diálogo e utilizar mais ainda as estratégias digitais que temos para impulsionarmos mais negócios”, afirma o presidente da ACB.

Paulo afirma que esse é o primeiro evento internacional de muitos que virão. “Se nesta breve conversa já visualizamos diversas oportunidades, imagina quando começarmos a tratar cada questão específica? A Bulgária tem um potencial enorme na área de tecnologia e de bebidas, como os vinhos, e na área de óleos essenciais, como na produção de óleo de rosa, que apenas 1 grama custa 30 dólares. Isso nos indica que precisamos agregar valor aos nossos produtos”, avalia Paulo Cavalcanti.

Durante sua fala, o presidente da ACB fez um contraponto entre a Bulgária e a Bahia. Enquanto o país europeu tem 6 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de 90 bilhões de dólares, a Bahia tem 15 milhões, com um PIB de R$ 115 bilhões. “Nós temos um potencial de crescimento enorme, pois temos um povo trabalhador, a riqueza do nosso Estado é grandiosa”, pontua Cavalcanti.

De acordo com o idealizador do seminário, o advogado Zilan Costa e Silva, o diálogo entre a Bahia e a Bulgária é promissor, tendo o Porto de Salvador como um ponto que pode potencializar mais negócios. “Precisamos estabelecer laços que potencializem os negócios da Bahia, aproveitando as oportunidades que o nosso mar nos oferece, criando rotas mais sustentáveis para escoar nossa produção e pensar na exploração desse mercado”, comenta o advogado.

Dobri Mitrev, presidente da BIA, apresentou dados que demonstram essa potencialidade. A Bulgária importa do Brasil aproximadamente 479 milhões de dólares na área de minérios, café e tabaco, enquanto exportam para o Brasil 46 milhões de dólares em instrumentos médicos e maquinários. O embaixador do Brasil na Bulgária, Paulo Roberto da Fontoura, afirmou que o evento é pioneiro e “marca um importante passo para os negócios entre os dois países”. Já a representante do governo da Bulgária, Nina Pencheva, afirmou que “o Brasil é o maior parceiro comercial da Bulgária da América Latina”, mas que ainda existe um grande potencial a ser explorado na área comercial, como a do ramo de vinhos.

O presidente da Companhia de Docas do Estado da Bahia (CODEBA), Antonio Gobbo, afirmou que a iniciativa ocorre em um momento propício entre os dois países e cita um acordo de cooperação que visa facilitar a circulação de mercadoria entre os dois países, através dos portos de Santos, Paranaguá e de Salvador. Porém, ponderou que é preciso estudar rotas para diminuir o tempo de deslocamento das mercadorias através dos mares.

A representante do BIA, Christina Kasparyan, apresentou todos os potenciais de negócios da Bulgária e é a única entidade que integra o Business Europe, maior confederação de negócios do continente europeu. O país é produtor de maquinários, cereais, produtos farmacêuticos e óleos essenciais.

O gerente de Desenvolvimento de Negócios da Desenbahia, Gustavo Grillo, afirma que as ações da ACB são importantes para o comércio da Bahia. “Esse evento de hoje foi o início de um caminho que a gente cada vez mais consiga aproximar os nossos empreendedores com o que tem melhor de mercado no mundo.  E a Desenbahia sempre vai estar perto dessas ações da Associação Comercial, buscando apoiar os nossos empreendedores baianos, principalmente aqueles micro e pequenos empreendedores, para que a gente cada vez mais fortaleça esse segmento da Bahia”, declarou.

Já Igor Veneza, representante do Banco do Nordeste, afirma que o evento abordou a elevação da competitividade das nossas atividades. “E essa ação tem tudo a ver com o Banco do Nordeste, que tem uma estratégia chamada Prodeter, que é o Programa de Desenvolvimento Territorial, que preconiza justamente isso. Por meio da organização, fortalecimento e elevação da competitividade, elevar a nossa situação a patamar superior”, salientou.

O presidente do Núcleo de Micro, Pequenas e Médias Empresas da ACB, Carlos Gantois, afirma que esse segmento econômico gera 60% dos empregos na Bahia e que esse contato pode gerar oportunidade para os empresários baianos. “A Bulgária pode nos oferecer tecnologias para atender nossas empresas, com apoio das entidades de crédito baianas e brasileiras, por exemplo”, afirma.

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