Em julho, no Nordeste do país, a busca das companhias por recursos financeiros registrou alta em todas as Unidades Federativas (UFs), conforme o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian. O destaque ficou com o Ceará, que registrou o maior aumento (10,7%).
Análise nacional
Em julho, as “micro e pequenas empresas” (MPEs) no Brasil lideraram a busca por crédito, registrando um aumento de 13,1%. Esse movimento impulsionou uma alta geral de 12,7% na demanda por recursos financeiros em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os dados são do Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian e também apontaram um leve aumento de 0,3% na demanda por crédito entre as “grandes” companhias. Apenas os negócios de médio porte apresentaram queda de 0,9% no mesmo período.
Mesmo com as taxas de juros elevadas no Brasil, alguns fatores podem explicar o aumento da demanda por crédito das empresas. A necessidade de capital de giro pode levar as empresas a buscar crédito para manter suas operações diárias. Expectativas de crescimento futuro incentivam as empresas a assumir custos mais altos de crédito para investir em expansão e melhorias. A inflação também pode levar as empresas a anteciparem compras e investimentos, evitando o impacto de preços mais altos no futuro. Além disso, algumas empresas podem ter acesso a linhas de crédito com condições mais favoráveis. Por fim, a pressão competitiva também pode forçar as empresas a investirem em inovação e melhorias, mesmo com juros elevados”, explica Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
Números positivos em todos os setores
Na visão por setores, a categoria que mais cresceu foi “Demais”, que engloba companhias do segmento “Primário”, “Financeiro” e “Terceiro Setor”, (25,0%), seguido por “Indústria” (14,7%). “Comércio” e “Serviços” apresentaram alta de 12,3%, respectivamente.
Análise por Unidades Federativas
Mato Grosso do Sul (52,1%) e Espírito Santo (36,7%) foram os estados lideraram o ranking das UFs em junho. Amazonas foi a única Unidade Federativa (UF) que registrou queda no período (-1,0%).
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