Com uma dívida bruta de R$ 800 milhões, a CVC (CVCB3) se tornou a nova aposta da WNT, gestora da Faria Lima especializada em ativos estressados (distressed assets). Fundos sob sua administração compraram o equivalente 5,01% da empresa, o que a tornou uma acionista relevante. A empresa de viagens, uma das maiores do país, acumula prejuízos recentes de R$ 2,3 bilhões, renegociou dívida em 2023 e tem uma amortização de debêntures prevista para o fim de novembro.
Liderada pelo investidor Valério Marenga Junior, a WNT se tornou mais conhecida nos últimos anos por adquirir participações relevantes de empresas em dificuldades financeiras, até em recuperação judicial, como a Light (LIGT3), e participar ou conduzir processos de turnaround com a perspectiva de se beneficiar com a valorização posterior dos ativos. O portfólio inclui também o grupo de moda Vest (VSTE3), antes conhecida como Restoque, dona das marcas Le Lis, Dudalina e John John, e a Westwing, plataforma de móveis e decoração.
A asset se notabilizou também por realizar negócios em nome do Banco Master, de Daniel Vorcaro, e do experiente Nelson Tanure – mas nem todos os seus negócios são relacionados. No comunicado ao mercado no último dia 20, a CVC informou que a WNT não tem – por ora – intenção de alterar a composição do seu controle ou a estrutura administrativa. Procurada pela Bloomberg Línea, a gestora não revelou os nomes dos cotistas dos fundos que montaram posição na CVC nem quis fornecer informações adicionais sobre seu movimento. “Vemos como positiva a entrada de novos investidores, visto os resultados positivos da companhia nos últimos 12 meses”, informou a CVC em nota enviada à Bloomberg Línea.
Divulgação/CVC