quinta, 04 de julho de 2024
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EM SALVADOR, LULA RECLAMA DA ALTA DO DÓLAR, CRITÍCA BANCO CENTRAL E AFIRMA HAVER UM “JOGO ESPECULATIVO CONTRA O REAL”

Matheus Souza - 02/07/2024 10:59 - Atualizado 02/07/2024

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (2) que a alta do dólar ‘preocupa’, mas disse que ‘há um jogo especulativo contra o real no país’. As declarações foram dadas durante entrevista para a Rádio Sociedade.

O dólar fechou a R$ 5,65 na segunda (1º), o maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando a moeda americana bateu os R$ 5,67.

“Óbvio que me preocupa essa subida do dólar, é uma especulação. Há um jogo de interesse especulativo contra o real nesse país. Na quarta-feira vou ter uma reunião, porque não é normal o que está acontecendo”, disse o presidente.

Questionado sobre que medidas o governo faria nesse caso, ele evitou detalhar com a justificativa de que estaria “alertando” os seus adversários. “Tenho conversado com as pessoas [sobre] o que vamos fazer, estou voltando quarta [3/7] e temos uma reunião. Não é normal”, frisou.

Lula voltou a falar da importância de um Banco Central autônomo e democrática. “A gente precisa manter o Banco Central funcionando de forma correta, com autonomia, para que seu presidente não fique vulnerável às pressões políticas. Se você é democrata, permite que isso aconteça. Quando é autoritário você resolve fazer com que o mercado se apodere da instituição”, afirmou. “O Banco Central é uma instituição do estado, não pode estar a serviço do sistema financeiro, do mercado”, completou o presidente.

O presidente também repetiu ataques a Campos Neto, que chegou à presidência do BC indicado por seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Não dá para ter alguém dirigindo o Banco Central com viés político, definitivamente eu acho que ele tem viés político. Eu não posso fazer nada, tenho que esperar ele terminar o mandato”, afirmou Lula.

Nesta terça, o presidente disse que não cortará benefícios direcionados aos mais pobres para fazer ajuste fiscal, mas abriu a porta para corte de gastos. “Falei com o Haddad que se alguém tiver gastando alguma coisa que não seja necessário, a gente para. Porque não vou jogar dinheiro fora”, finalizou.

 

FOTO: Ricardo Stuckert/PR

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