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ENTRE 2022 E 2023, RENDIMENTO DOMICILIAR PER CAPITA AUMENTA NA BAHIA PELO 2º ANO CONSECUTIVO E CHEGA A R$ 1.129

João Paulo - 19/04/2024 14:58

Apesar da queda dos “outros rendimentos” (que incluem os programas sociais e auxílios governamentais) e contando com o aumento  no salário médio, o rendimento médio mensal domiciliar per capita na Bahia aumentou (+7,8%), na passagem de 2022 para 2023, de R$ 1.047 para R$ 1.129. O aumento foi o segundo consecutivo no estado, porém o valor ainda estava 4,5% abaixo do registrado em 2020, ponto mais alto da série histórica da PNAD Contínua.

Em 2023, a Bahia seguia com o 5º menor rendimento domiciliar per capita do país, mantando a posição que havia ocupado em 2022. No Brasil como um todo, em 2023, a renda domiciliar per capita ficou em R$ 1.848, mostrando alta de 11,5% frente a 2022, com aumentos reais em 25 dos 27 estados. No ano passado, os maiores valores foram registrados no Distrito Federal (R$ 3.215), em São  Paulo (R$ 2.414) e no Rio de Janeiro (R$ 2.305); e os menores estavam no Maranhão (R$ 969), Acre (R$ 1.074) e Pernambuco (R$ 1.099).

O rendimento médio mensal domiciliar per capita é a soma de todos os rendimentos recebidos no domicílio (de trabalho e outras fontes) dividida pelo total de moradores. É um indicador importante para avaliar as condições financeiras das famílias, ou seja, de quanto dinheiro dispõem, o que impacta nas condições de vida. Na Bahia, o aumento do rendimento domiciliar per capita atingiu quase todas as faixas de recebimento, mas diferentemente do  que ocorreu com o rendimento de trabalho, a alta foi maior entre os menores valores do que entre os maiores.

Entre 2022 e 2023, os 10% de pessoas com menores rendimentos domiciliares per capita no estado viram essa renda crescer 40,4%, passando de R$ 99 para R$ 139. A partir dessa faixa, os aumentos foram ficando menores até chegar a uma taxa de 3,3% entre as pessoas com as 10% maiores rendas domiciliares per capita, cujo valor subiu de R$ 4.202 para R$ 4.340. Já o 1% de pessoas com as maiores rendas domiciliares per capita tiveram queda nesse valor entre 2022 e 2023, na Bahia, passando de R$ 13.004 para R$ 11.752 (-9,6%).

Assim, no ano passado, o Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita na Bahia caiu pelo segundo ano seguido, ficando em 0,490, frente a 0,511 em 2022, e foi o menor nos 11 anos de série histórica. No Brasil como um todo, esse indicador ficou estável, em 0,518, entre 2022 e 2023, com quedas em 15 dos 27 estados.

Na Bahia, em 2023, as pessoas com os 10% maiores rendimentos domiciliares tinham uma renda per capita média (R$ 4.340) que equivalia a 31,2 vezes a dos 10% com menores rendimentos domiciliares per capita (R$ 139). Em 2022, porém, a distância separando os dois valores era significativamente maior, de 42,4 vezes; enquanto dez anos antes, em 2013, era de 43,1 vezes.

Imagem de Luis Wilker WilkerNet por Pixabay

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