O Banco Central (BC) reduziu os juros básicos da economia, a taxa Selic, pela sexta vez consecutiva. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou um corte de 0,5 ponto percentual, estabelecendo a Selic em 10,75% ao ano. Essa decisão já era esperada pelo mercado financeiro.
De acordo com o comunicado do Copom, há a expectativa de apenas mais um corte de 0,5 ponto percentual na próxima reunião, agendada para maio. Esse cenário aumenta a probabilidade de que o ciclo de reduções de juros seja pausado a partir de junho. Nas reuniões anteriores, o Copom indicava a continuidade dos cortes “nas próximas reuniões”.
O comunicado ressaltou que o cenário para a inflação permanece estável, com riscos tanto para alta quanto para baixa. Entre os fatores que podem elevar a inflação, estão as pressões inflacionárias globais e o aquecimento do setor de serviços. Por outro lado, a desaceleração da economia global e os impactos das altas de juros em outros países podem contribuir para uma inflação menor.
A Selic agora está no menor patamar desde março de 2022. A série de elevações que começou em 2021, em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis, foi interrompida. Antes disso, a taxa estava em seu nível mais baixo histórico, de 2% ao ano, como resposta à contração econômica provocada pela pandemia de COVID-19.
A redução da Selic tem como objetivo estimular a economia, tornando o crédito mais acessível e incentivando a produção e o consumo. No entanto, taxas mais baixas dificultam o controle da inflação. No último Relatório de Inflação, o BC reduziu a projeção de crescimento do PIB para 2024 para 1,7%. As expectativas do mercado apontam para um crescimento ligeiramente maior, de 1,8% em 2023.
A taxa Selic é um indicador-chave para a economia, influenciando as negociações de títulos públicos e servindo como referência para outras taxas de juros. O Banco Central usa ajustes na Selic para controlar a inflação, aumentando-a para conter a demanda e reduzindo-a para estimular a atividade econômica.
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