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INFLAÇÃO EM QUEDA PERMITE AO BC CORTAR SELIC EM 0,75 PONTO PERCENTUAL, DIZ PRESIDENTE DA CNI

LIZANDRA MUNIZ - 19/03/2024 18:21

Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), diz ser indispensável acelerar o ritmo de queda da taxa básica de juros, a Selic, para no mínimo 0,75 ponto percentual, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que termina nesta quarta-feira (20). De acordo com Alban, ampliar a redução da Selic é conciliável com o atual cenário de inflação sob controle e é crucial para diminuir os custos de financiamento para as empresas e para estimular novos investimentos. A CNI concluiu que a inflação de fevereiro ultrapassou as expectativas devido a motivações pontuais, o que reflete a atividade escolar.

“Depois de o governo federal e a sociedade brasileira empreenderem esforços para acelerar o crescimento econômico com o retorno da política industrial, com base no programa Nova Indústria Brasil, o Banco Central precisa juntar esforços dando sua contribuição. A situação da inflação no Brasil já permite, há algum tempo, a redução mais relevante dos juros reais”, explica o presidente da CNI.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve uma queda de 5,6%, em fevereiro de 2023, para 4,5% em fevereiro de 2024, no acumulado de 12 meses, e está dentro do limite superior da meta de inflação para 2024 (4,5%). Os núcleos de inflação – que excluem preços sujeitos a choques temporários – apontam um quadro mais positivo. No acumulado em 12 meses, até fevereiro de 2024, a média de cinco núcleos de inflação foi de 3,88%, nível significativamente inferior ao limite superior da meta de inflação para 2024.

Além da desaceleração da inflação corrente, as expectativas também são positivas. O relatório Focus, do Banco Central, informa que as expectativas apontam uma inflação de 3,77%, no final de 2024, e de 3,5% no final de 2025. Em janeiro deste ano, as expectativas para 2024 eram de 3,9%. A CNI avalia que as expectativas estão reduzindo e sinalizam novamente para o cumprimento da meta de inflação, mas em condição ainda melhor do que o observado em 2023, pois, além de respeitar o limite superior, deve haver aproximação do centro da meta, de 3%.

“Adiar a aceleração no ritmo de queda da Selic certamente penalizaria ainda mais a atividade econômica no Brasil”, defende Alban.

 

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