Na manhã desta quinta-feira (8), o padre da Igreja Católica José Eduardo de Oliveira e Silva, da Paróquia São Domingos, na cidade de Osasco, Região Metropolitana de São Paulo, foi alvo da Polícia Federal em busca e apreensão e busca pessoal em São Paulo. O religioso é suspeito de participar do núcleo jurídico que formatou decretos e minutas, que serviriam para um golpe de estado no Brasil depois das eleições presidenciais de 2022.
Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o padre é citado como membro do núcleo jurídico do esquema golpista. O papel do grupo seria o “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.
Os agentes da PF chegaram pela manhã bem cedo na residência do padre para uma ação de busca e apreensão de equipamentos e documentos do clérigo. Ele também cumprirá medidas cautelares a partir de hoje, como a proibição de manter contato com os outros investigados na operação. Oliveira e Silva também não podem se ausentar do Brasil e têm até amanhã (dia 9) para entregar todos os seus passaportes, nacionais e internacionais.
O grupo jurídico era formado pelo padre de Osasco, pelo ex-ministro da Justiça na gestão Jair Bolsonaro, Anderson Torres, pelo coronel Mauro César Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, e por Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro e Amauri Feres Saad, advogado.
(Correios)
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