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EMPRESAS DO NORDESTE PODERÃO SE BENEFICIAR COM ATÉ 35% DE DESCONTO NA CONTA DE LUZ EM 2024

Emilly Lima - 14/12/2023 16:02 - Atualizado 19/12/2023

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) estima que, em 2024, aproximadamente 24 mil consumidores farão a transição para o mercado livre, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Já foram formalizados cerca de 8 mil pedidos de migração junto às distribuidoras, marcando um recorde na busca por energia nesse mercado.

Esse movimento é impulsionado pela Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia (MME), que permite aos consumidores do mercado de alta tensão adquirirem energia elétrica de qualquer fornecedor. Essa medida abrange consumidores do Grupo A, como grandes indústrias e estabelecimentos comerciais de grande porte, que consomem energia em média e alta tensão.

Aqueles com demanda acima de 30 KW, equivalente a contas de energia superiores a R$ 7 mil, devem migrar por meio de um comercializador varejista. Optar pelo Mercado Livre concede às empresas a liberdade de escolha, possibilitando a negociação de condições comerciais alinhadas com as necessidades e perfil de consumo da empresa, resultando em descontos de até 35% na conta de energia.

O mercado livre de energia elétrica registrou um aumento de 20% no número de unidades consumidoras nos últimos 12 meses até julho deste ano, alcançando 5883 unidades, de acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). O Brasil agora possui um total de 35.142 unidades consumidoras livres, agrupadas em 12.005 empresas, responsáveis por um consumo de 25.852 MW médios. Esse consumo representa 39% do consumo nacional de eletricidade no Brasil, um aumento em relação aos 36% registrados no período anterior.

Segundo a Abraceel, 92% dos 129,5 GW de energia elétrica centralizada já outorgada, com previsão de operação entre 2023 e 2029, estão sendo destinados ao mercado livre. O Mercado Livre de Energia, criado no Brasil na década de 1990, desempenha um papel estratégico ao fomentar a concorrência e a competitividade no setor elétrico. Esse modelo oferece aos consumidores uma maior liberdade de escolha sobre quem fornecerá energia elétrica para sua empresa, a que preço, qual a matriz geradora e a quantidade de energia ideal para seu perfil de consumo.

João Henrique Lins, Gerente Comercial Nordeste da Elétron Energy, destaca que o mercado livre de energia é um caminho promissor e importante para a economia e o consumidor. Ele ressalta a necessidade de ampliar esse modelo para residências, destacando o papel crucial das fontes renováveis, especialmente a energia solar, nessa transformação. O mercado livre, aliado à adoção crescente de fontes renováveis, não apenas redefine a forma como a energia é consumida, mas também abre portas para uma era de sustentabilidade e inovação no setor energético.

Foto: Pexels

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