O governador Jerônimo Rodrigues (PT) viaja esta semana para participar da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 28) e um dos assuntos tratados na reunião será o Fundo de Reconstrução da Caatinga. O bioma caatinga, que é exclusivamente brasileiro, abriga 27,8 milhões de nordestinos, sendo 1,8 milhões agricultores familiares e a ideia é um fundo financiado por outros países para apoiar a região.
O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste propôs ao governo federal a criação do Fundo da Caatinga e entregou à ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, uma minuta de decreto.
Segundo a minuta, o fundo seria criado com recursos específicos para a preservação do bioma, com intermediação do BNDES.
A criação do Fundo de Reconstrução da Caatinga já estaria em análise no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e seria criado nos mesmos moldes do Fundo da Amazônia. Para isso precisaria de doações internacionais para financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento, apoiando comunidades tradicionais.
As doações internacionais são fundamentais também para as ONGs que atuam na região, além de fornecer recursos diretamente para estados e municípios para ações de combate ao desmatamento e a incêndios. A expectativa é que até 20% dos recursos sejam usados em sistemas de monitoramento e proteção de ecossistemas costeiros e marinhos.
A criação do fundo seria uma forma de conseguir recursos externos para o semiárido, e para a preservação e combate ao processo de desertificação. Foi detectado interesse internacional de preservação desse bioma e o projeto está no Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o BNDES e o Fida e com a participação de todos os estados do Nordeste.
A iniciativa é dá maior importância não só por conta desse bioma abrigar milhões de pessoas e estar espalhado por mais de 90% da região Nordeste, mas também porque o processo de desmatamento tem se ampliado na região e com ele sinais de desertificação. . A comunidade mundial tem de se empenhar para manter a floresta Amazônia de pé, mas também para evitar que uma grande área do Brasil se transforme em deserto. (EP – 27/11/2023)
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