O Ministério da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta quinta-feira (23), que o Brasil pode usar o comando do G20, grupo que une as 20 maiores economias do planeta, para propor a reforma de instituições multilaterais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo ele, o mandado brasileiro no grupo vai ser usado de oportunidade para uma “reglobalização sustentávelo”, que promova a transição energética no planeta.
Durante uma reunião no Palácio do Planalto para a instalação da Comissão Nacional do G20, o ministro relatou as informações. A comissão organizará as 104 reuniões, além de organizar o mandado brasileiro do grupo, que inicia 1° de dezembro e durará um ano. Prevista para novembro de 2024 no Rio de Janeiro, a mais importante será a Reunião de Cúpula do G20.
Segundo Haddad, os países devem se entender para evitar a fragmentação da economia global. “Do ponto de vista econômico, o mundo está numa encruzilhada: ou continuamos caminhando numa crescente fragmentação, com a formação de blocos protecionistas e com consequências imprevisíveis para a estabilidade geopolítica, ou implementamos uma nova globalização, desta vez colocando questões socioambientais no centro de nossas preocupações”, acrescentou o ministro.
Para o ministro, é possível realizar uma nova globalização. Conforme Haddad, o G20 será instrumento relevante para reconquistar a colaboração multilateral entre os países. Além da orientar para a transição energética e o desenvolvimento sustentável, este processo poderia ser realizado sem repetir o erro de desregulamentar o sistema financeiro internacional, o que resultou na crise econômica de 2008.
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Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil