Bahia Econômica – Quais os maiores desafios encontrados para empreender na Bahia?
Valdemir Ferreira – Assim como nos demais Estados do Brasil, temos como principais desafios a complexa e alta carga tributária, dificuldade de crédito, capacitação profissional, dentre outras. Como pontos de maior atenção: a burocracia e amorosidade de questões públicas e a dificuldade de obtenção de matéria prima local.
Bahia Econômica – Por que a escolha do estado para o crescimento?
Valdemir Ferreira – Somos (Soul Dila) nascidos e criados na Bahia e queremos que o nosso estado seja visto sob uma outra perspectiva: como potência de desenvolvimento econômico e de negócios. Temos uma cultura rica e a nossa marca traduz bem toda essa diversidade. Entendemos que podemos expandir a Bahia dentro da própria Bahia e do Brasil. Tudo isso pautado em muita criatividade, que é a nossa essência. A Bahia é uma potência e é a nossa raiz também.
Bahia Econômica- Sobre a reforma tributária, quais pontos não podem deixar de conter no projeto visando o setor?
Valdemir Ferreira – A Reforma Tributária precisará estar pautada numa grande simplificação do processo de apuração e geração de informações fiscais. Atrelada a isso, uma redução no impacto tributário em todas as cadeias de produção (Indústria, Comércio e Serviços). Esses benefícios precisam chegar ao consumidor final. Não se pode esquecer também da equidade tributária com os produtos importados.
Bahia Econômica – O setor de shoppings centers na Bahia sofreu na época da pandemia e o fechamento das lojas. O setor já conseguiu recuperar números de antes do período, já superou as perdas?
Valdemir Ferreira – Um período muito complicado, com redução significativa de faturamento e fechamento de muitas lojas (fechamos 2). Mesmo com a situação adversa, apostamos na evolução do mercado e na força da nossa marca. Abrimos mais 7 lojas em 2021 e 2022, aumentamos o faturamento e já chegamos, em números absolutos individuais, maiores ou iguais ao período antes da pandemia. No entanto, ainda hoje pagamos os custos desse período pandêmico.
Bahia Econômica – Qual a sua expectativa na geração de empregos para esse final de ano?
Valdemir Ferreira – No final do ano passado, tivemos um aumento relevante na geração de empregos em nossas lojas (em torno de 15%). Neste 2023, devemos continuar com o mesmo percentual de crescimento para o período.