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ECONOMISTA CONTESTA PESQUISA E GARANTE QUE NORDESTE PODE SER POLO DE CARROS ELÉTRICOS NO BRASIL

Douglas Santana - 23/08/2023 13:00 - Atualizado 23/08/2023

Com a chegada da BYD, em Camaçari, na Bahia e o futuro aporte da Stellantis, que anunciou planos de eletrificação para a fábrica da Jeep, em Pernambuco, o Nordeste vai se consolidando como polo acelerador do processo de eletrificação dos automóveis no Brasil. De acordo com o economista Armando Avena, editor do portal Bahia Econômica, acredita que esses estados se tornarão centros importantes para o desenvolvimento de carros elétricos e híbridos no País.

“Não creio que o processo de eletrificação do mercado brasileiro ocorra de forma tão lenta como previsto pelo estudo, pelo contrário, o que os dados estão demonstrando é que o mercado está aberto e a demanda por carros híbridos e elétricos é crescente no Brasil”, afirmou Avena, à coluna Auto Brasil, do jornal A Tarde.

Armando contestou os números do estudo realizado pela consultoria Boston Consulting Group (BCG), em parceria com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o Sindipeças. Segundo a pesquisa, o processo de eletrificação do mercado automotivo brasileiro deve ocorrer de forma mais lenta em relação ao resto do mundo.

Para o economista baiano, “se houver redução gradativa no preço, conforme indicam as pesquisas da BYD e da Stellantis, o percentual será muito maior que 62% de veículos comercializados em 2035”.

“Considero extremamente pessimista essa avaliação da pesquisa, e na minha opinião reflete um pouco o predomínio no mercado local das indústrias que ainda fabricam carros baseados em combustíveis fósseis e que terão de investir na transição para elétricos. Elas não têm grandes expectativas porque precisam investir”, opina.

Lideranças políticas do Nordeste já estariam mobilizadas para lutar pela manutenção dos incentivos do regime automotivo regional até 2032. Os incentivos atuais vencem em 2025. Na Bahia, a expectativa é que a BYD inicie a produção no segundo semestre de 2024.

“A BYD pode, sem dúvida, reduzir custos de produção e apresentar veículos cada vez mais atrativos ao mercado, com preços mais acessíveis”, comenta Avena.

 

Foto: Divulgação/Jeep

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