A fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), criticando o poder da Câmara dos Deputados, não repercutiu bem entre as lideranças partidárias, que cancelaram reunião sobre o novo arcabouço fiscal. O texto aguarda votação dos parlamentares.
“A Câmara tem um papel institucional e democrático de independência. Estamos ajudando o executivo como nunca antes. Isso desde o ano passado com a “PEC da Transição”, permitindo o novo governo aumentar em R$ 145 bilhões o teto de gastos. Aprovamos o novo regime fiscal, a reforma tributária MP da reforma administrativa. Sinceramente, não entendi essa declaração infeliz com a Casa e seus representantes”, afirmou o líder do PSB, Felipe Carreras (PE), ao Jornal O Globo.
Após repercussão de sua própria fala, o ministro petista se retratou.
“As minhas reclamações foram tomadas como críticas à atual legislação, estava falando do fim do presidencialismo de coalizão. Tudo o que eu tenho feito é dividir com o Congresso e Judiciário as conquistas”, comentou Haddad.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil