Um pedido de impeachment do ministro Luís Roberto Barroso (STF), foi protocolado no Senado, nesta quarta-feira (19), por um grupo de deputados e senadores. A ação aconteceu devido a sua fala no último dia 12, quando afirmou que “nós derrotamos o bolsonarismo”.
Para protocolar o pedido, compareceram ao Congresso os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jorge Seif (PL-SC), além dos deputados Carlos Jordy (PL-RJ) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB). Dos 81 senadores da Casa, pelo menos 11 assinaram, e entre os 513 deputados, pelo menos 70. Eles representam o PL, MDB, Novo, União Brasil, PSDB, PP, Podemos, Republicanos, PSD e Patriota.
De acordo com Seif, o número de assinantes deve aumentar. Ele justificou o número pela dificuldade em mobilizar os congressistas durante o recesso parlamentar. Líder da oposição na Câmara, Jordy explicou que a declaração de Barroso “fere de morte a lei do impeachment, a Constituição e a democracia”.
“Não está entre as atribuições de um ministro do Supremo derrotar ninguém e sim zelar e guardar a Constituição. Se ele quer derrotar alguém, que seja nas urnas, mas que seja candidato. É esse tipo de comportamento que não podemos mais tolerar”, disse o deputado.
Já Flávio Bolsonaro, disse que o ministro de distensionava a relação entre o Executivo e o STF durante o governo de seu pai, mas que neste momento era preciso “traçar uma linha do que é republicano e do que é democrático”.
“Com que legitimidade o ministro Barroso assume agora a presidência do Supremo? Com que moral ele vai assumir a presidência do CNJ? Para punir magistrados que por ventura tenham feito manifestações de cunho político e partidário como ele fez”, disse.
FOTO: Antonio Augusto/TSE
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