A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou quatro requerimentos para convidar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a prestar esclarecimentos sobre a política monetária e a definição da taxa básica de juros, a Selic. Os senadores solicitaram que Campos Neto retorne à comissão para discutir essas questões.
Na reunião anterior da CAE, que ocorreu em 25 de abril, Campos Neto defendeu a autonomia do Banco Central, abordou temas relacionados ao regime de metas, processo de autonomia, inflação no Brasil e no mundo, atividade econômica, política fiscal, taxas de juros, mercado de capitais e “agenda inclusiva”. Na ocasião, os senadores questionaram o presidente do Banco Central sobre o que seria necessário para reduzir a taxa básica de juros, que se mantém em 13,75% desde agosto de 2022.
O senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, afirmou em seu requerimento que o Brasil está surpreso com a sétima manutenção consecutiva da taxa de juros pelo Copom. Ele destacou a redução da inflação nos últimos meses, com o IPCA abaixo das expectativas e a projeção de IPCA para 2023 em queda. Randolfe também mencionou a deflação histórica do IGP-M e as expectativas de inflação para 2024 dentro do intervalo da meta.
Na reunião atual da CAE, o presidente da comissão, senador Vanderlan Cardoso, mencionou que o Copom já sinalizou uma possível redução iminente da Selic.
Esses requerimentos indicam a intenção dos senadores de obter mais esclarecimentos sobre a política monetária e a decisão do Banco Central em relação à taxa de juros.
Foto: Pedro França/Agência Senado
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