O economista e jornalista Armando Avena disse em sua coluna no jornal A Tarde desta quinta-feira (18) que a mudança na política de preços da Petrobras não teve nada a ver com a redução de preços anunciada no mesmo dia.
“ A queda já estava prevista. Aliás, a Petrobras demorou em reduzir os preços e estava perdendo mercado, para o diesel russo. A empresa apenas aproveitou para fazer o anúncio de forma política”.
Segundo ele, é bobagem dizer que a Acelen tem de ter a mesma política de preços que a Petrobras, que é uma empresa privada.
“A Acelen age de acordo com o mercado, não demora nem para aumentar, nem para baixar o preço, por isso já estava vendendo mais barato que a estatal. No 1º quadrimestre deste ano, a Acelen reduziu o preço do diesel em 31% e baixou o preço da gasolina em 16%. A Petrobras apenas reduziu o preço que a Acelen já tinha reduzido. Mesmo assim, a Acelen ainda vende gasolina 3% mais barato que a Petrobras. No entanto, a Petrobras tem o diesel mais barato, 3,5%. É assim que funciona o mercado”, afirma Avena.
Avena disse ainda que a mudança na política de preços da Petrobras traz incerteza ao mercado e que o ideal seria ter criado um fundo de estabilização de preços, como existe em vários países do mundo.
“ A estatal diz que vai analisar os custos, vai ver os preços dos concorrentes, buscar um ponto ótimo entre produção e exportação e manter como referência de preços os preços internacionais. Ora, esses termos são tão amplos que a diretoria da Petrobras pode fazer qualquer coisa. Na verdade, enquanto o preço do petróleo estiver caindo no mercado internacional, nada vai mudar.
Mas fica uma dúvida: e quando o barril de petróleo subir muito lá fora, a Petrobras vai repassar o aumento ou fazer como no governo Dilma em que os preços dos combustíveis foram represados causando um enorme problema para a empresa?”, indaga o economista. Veja o artigo de Armando Avena aqui.
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
