Desde 2021, a empresa vem sendo atuada pelos órgãos ambientais pelo perigo eminente a sobrevivência das araras-azuis-de-lear
A 3ª Vara Federal Cível e Criminal de Feira de Santana determinou a suspensão das licenças prévia, de instalação e de operação de um parque eólico em Canudos, município da região norte da Bahia. O motivo seria o perigo de extinção da araras-azuis-de-lear.
O pedido de intervenção foi feito pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e o Ministério Público Federal (MPF). O parque eólico é um projeto da multinacional francesa Voltalia e, desde 2019, é alvo de críticas ambientais de defensores da espécie, que tem apenas 1.800 indíviduos no país, parte delas, na caatinga baiana.
A decisão judicial é embasada no fato de que “o complexo eólico de Canudos está situado em três importantes dormitórios e sítios de reprodução da espécie: a Serra Branca (situada na porção sul da Estação Ecológica do Raso da Catarina), a Estação Biológica de Canudos (Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN de propriedade da Fundação Biodiversitas) e a Fazenda Barreiras”.
A operação do complexo não poderá acontecer até que seja elaborado o Estudo de Impacto Ambiental e realizada audiência pública, sob pena de multa diária de R$ 300 mil em caso de descumprimento.
Foto: Jefferson Bob