O Bradesco elevou as projeções para a inflação e para o crescimento da economia brasileira este ano. A estimativa para o IPCA, usado pelo Banco Central em suas metas de inflação, para este ano foi elevada de 5,1% no começo de janeiro para 5,7% agora, mas se manteve em 4,0% para 2024. Já a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro, soma de todas as riquezas produzidas pelo país, passou de 1,0% para 1,5% para este ano e se manteve em 1,5% para 2024.
O Bradesco manteve a estimativa para a taxa básica Selic no fim deste ano em 12,25% e em 9,50% para o fim de 2024. Já o dólar foi mantido em R$ 5,25 no fim deste ano, mas subiu de R$ 5,30 para R$ 5,40 no fim de 2024. O banco também mudou a estimativa para o crescimento do PIB global, de +2,4% para +2,5% este ano e manteve em +2,9% para 2024.
O banco espera que a atividade econômica brasileira registre expansão no início deste ano, com a safra agrícola crescendo 12,6%, retomada da economia chinesa e safra favorável. Já para os trimestres seguintes, a atividade deve se desacelerar mais, apesar da melhora do mercado de trabalho, com o desemprego caindo de 9,2% em 2022 para 8,8% em 2023, e maior volume de investimentos pelas concessões e leilões realizados nos últimos anos, o que beneficiará especialmente a construção civil com obras de infraestrutura.
Já os setores mais dependentes de juros vão desacelerar de maneira mais intensa ao longo do ano, como mostraram os dados de crédito do último trimestre. O Bradesco destaca que, apesar da revisão altista do IPCA, os núcleos, que excluem itens mais voláteis do índice, mostram uma dinâmica mais benigna. O banco diz que ainda não considera nas suas projeções uma reoneração dos combustíveis, que podem pressionar os preços administrados e levar o IPCA para perto de 6,5%.
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