O governador em exercício, Adolfo Menezes, e o governador eleito, Jerônimo Rodrigues, embarcaram na tarde desta segunda-feira (26), para sobrevoar a cidade de Jequié e outros municípios da região com o objetivo de avaliar as conseqüências da forte chuva no território do Médio Rio de Contas e adotar todas as medidas necessárias à plena recuperação desses municípios.
A prioridade, neste momento, é restabelecer a energia elétrica, garantir água potável e alimentos para os atingidos.
O prefeito de Jequié, no Médio Rio de Contas, Sudoeste, Zé Cocá (PP), criticou a gestão da Chesf [Companhia Hidrelétrica do São Francisco] na gestão da Barragem de Pedra, que teve o volume aumentado com as chuvas recentes. Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26), Cocá declarou que a Companhia não se preparou para evitar a enchente e o que há é uma desorganização por parte da entidade.
“A cheia do Rio de Contas, na minha concepção, foi uma desorganização da Chesf, porque havia uma previsão desde o dia 18 de grandes volumes de chuvas nos dias 24 e 25. Por que a Chefs não vinha soltando água? Nós temos 40 dias pedindo à Chesf um plano de inundação. A Chesf nunca nos deu. A Chesf só tem plano de rompimento de barragem. A prefeitura de Jequié não tem nenhuma informação para saber qual seria o nível que a água chegaria caso acontecesse essa vazão acima de 2 mil metros [cúbicos] por segundo”, disse Cocá, que também é presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB).
O prefeito informou que esteve com dirigentes da companhia ainda na manhã desta segunda, mas não há uma solução para o caso encaminhada. Conforme o gestor, nesta segunda já são cerca de 150 pessoas desabrigadas, com duas mil residências danificadas. Uma das áreas mais afetadas é o comércio, com mais de cinco mil pessoas afetadas pelos estragos causados pelas chuvas, o que inclui os comerciantes do Centro de Abastecimento, que foi evacuado neste domingo devido à enchente.
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