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ENTREVISTA COM FLÁVIO HUGHES CEO HUGHES SOLUÇÕES

Redação - 31/10/2022 06:00 - Atualizado 31/10/2022

Bahia Econômica – Qual a expectativa para o mercado de crédito internacional em 2022/2023?

Flávio Hughes – É de um aumento expressivo de crédito, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil teve uma entrada de capital estrangeiro em torno de R$70 bilhões, e isso se alia muito a queda do dólar, porém também a uma dificuldade de crédito crescente no país.

Como o movimento de crédito internacional hoje é muito medido pelas grandes empresas, as empresas médias – segmento ao qual nós somos especialistas – elas estão numa crescente em busca de capital internacional. Em 2022 nos primeiros 6 meses, aprovamos em torno de U$20 milhões de dólares para as médias empresas e no segundo semestre teremos um aumento em torno de U$60 milhões de dólares em aprovação, um crescimento de 200%. Acreditamos que em 2022 e 2023 teremos um crescimento grande pelas empresas middle, porem como não é um mercado medido, pelo fato, das empresas medias ainda estarem iniciando esse processo, em termos percentuais, teremos uma procura em torno de 3% por crédito internacional. Ou seja, quase 3.000 empresas médias em busca do capital estrangeiro em 2022/2023.

Bahia Econômica – Qual a importância da internacionalização das empresas para captação de crédito internacional?

Flávio Hughes – A internacionalização hoje é o único o processo pelo qual uma empresa média brasileira consegue aportar capital entre 50% a 250% do seu faturamento. Percebe-se hoje uma contração pela procura de crédito no Brasil, e isso se da principalmente pelos juros altos e pela falta de disponibilidade de crédito. Então, a internacionalização é uma espécie de “espinha dorsal” de toda empresa média. Das 900 mil à 1 milhão de empresas que usam hoje a alavancagem finaceira por desconto de duplicata ou aval, tem como a internacionalização a espinha dorsal dela. Ou seja, ou ela se internacionaliza ou não cresce com liquidez.

Bahia Econômica – A variação do dólar atrapalha na operações de crédito? Explicar.

Flávio Hughes – A variação do dólar não atrapalha a operação de contrato de empréstimos e financiamentos em dólar, se, o cliente constituir uma estrutura internacional sobre o seu controle. E em nosso processo, é criado essa estrutura internacional e ali é liberado o capital ao cliente. Esta operação chama-se “Off Balance”, e o cliente tem liberdade em colocar o dinheiro, na forma e quantidade e no tempo que quiser. Com isso ele consegue administrar as variações do dólar, e ao invés de perder recursos como a maioria das empresas médias perdem por estarem em um país 85% dolarizado e sem acesso a contas em dolar, ele ganha. Ou seja, quando o dólar está alto ele trás dinheiro e quando está baixo ele manda pra fora. Esse principio é o de “cambio dinamico”, e é isso que nossa estrutura fornece ao cliente.

Bahia Econômica – Quais são as principais dificuldades para as empresas adquirirem crédito internacional?

Flávio Hughes – A principal barreira que vemos hoje nas empresas é simplesmente, a falta de informação. Hoje o trabalho da Hughes Soluções com os seus parceiros internacionais é de popularizar e desmistificar o processo de crédito internacional. Ou seja, quanto mais empresários tiverem acesso, conhecerem o processo do crédito internacional e verificar que dar resultados, isso se tornará muito mais visível a todos. Pois, o processo que usamos é o mesmo mecanismo utilizado pelos bancos para captar recurso e das grandes empresas, incluindo até o Tesouro Nacional, eles vão usar. A grande questão é que em 40 anos isso nunca foi divulgado, e agora esse movimento que pretendemos e vamos impor é de desmistificar este processo levando as empresas médias para o crédito internacional.

Foto: divulgação

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