terça, 21 de maio de 2024
Euro 5.5489 Dólar 5.1052

ARMÍNIO FRAGA, EDMAR BACHA, PEDRO MALAN E PERSIO ARIDA DECLARAM VOTO EM LULA NO 2º TURNO

Redação - 06/10/2022 13:01 - Atualizado 06/10/2022

Os economistas Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida declararam voto em Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno das eleições. Armínio Fraga, presidente do Banco Central (BC) durante o segundo mandato do governo de Fernando Henrique Cardoso, já havia declarado sua preferência na terça-feira (4).

Em nota, os quatro economistas afirmaram: “Votaremos em Lula no 2º turno; nossa expectativa é de condução responsável da economia”.

Malan foi ministro da Fazenda durante o governo de FHC e presidente do Banco Central durante o governo de Itamar Franco. Junto com ele, Persio Arida e Edmar Bacha foram os criadores do Plano Real. Persio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central, declarou seu voto na quarta-feira (5), segundo o jornal “O Globo”. Ele afirmou que considera o presidente Jair Bolsonaro “claramente uma ameaça à democracia brasileira” e que houve “imenso retrocesso civilizatório” em seu governo.

Para o economista, um eventual governo Lula será responsável fiscalmente e está com “expectativa de boas políticas econômicas na direção das reformas”, diante de uma base de apoio mais ao centro. Arida já coordenou o programa do atual candidato a vice-presidente pelo PT, Geraldo Alckmin, em campanhas anteriores. Armínio Fraga já demonstrava ser crítico à gestão de Jair Bolsonaro (PL). Ele discursou durante a leitura de duas cartas em defesa da democracia, no dia 11 de agosto. O evento, organizado na Faculdade de Direito da USP, ocorreu em meio a ataques de Bolsonaro contra o processo eleitoral, com insinuações golpistas.

Em entrevista à GloboNews, Fraga apontou que os grandes temas não são econômicos. “Nós estamos aqui falando de riscos pra nossa democracia, que na minha leitura aumentaram depois dos resultados de domingo. E é essencialmente isso. Não há como colocar isso de uma maneira diferente”, afirmou. “Nós estamos observando movimentos autocráticos mundo afora. São situações em que a deterioração da qualidade da democracia ocorre gradualmente. O povo continua votando, mas as coisas vão perdendo a sua qualidade, vão perdendo a sua força. Isso é relevante porque, na esteira disso, vêm fracassos retumbantes na economia também”.

Foto: Montagem com fotos dos economistas Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida — Foto: GloboNews/Reprodução e Folhapress

Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.