Com a Bahia como um dos integrantes, o Nordeste é terceiro colocado no ranking com 16,3% das empresas inadimplentes.
As dívidas não pagas, sem dúvidas, trazem vários problemas para um negócio e não mensuram o tamanho das empresas. Só em agosto de 2022, o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou que dos 5.540.767 micro e pequenos negócios com contas em atraso no País, cerca de 16,3% são nordestinas. Neste cenário, a Bahia tem uma grande contribuição e possui 294,5 mil empresas inadimplentes. O Ceará e o Maranhão vem em seguida com 128,8 mil e 81,1 mil, respectivamente. A região Nordeste só fica atrás do Sudeste com 53% e do Sul com 16,4%. Essas três regiões são acompanhadas pelo Centro-Oeste com 9% e Norte com 5,3%.
Os números expressivos podem assustar, mas toda essa marca ainda representa uma queda de 0,1% quando comparado com o mês logo anterior (julho). Os dados gerais do Brasil, indicam que as empresas que atuam no setor de Serviços são as que apresentam maior índice na tabela, com 52%. Esta área é seguida pelo Comércio com 39,5%, pela Indústria com 8% e as demais com 0,5%. De acordo com a Serasa Experian, as empresas são consideradas inadimplentes quando não pagam as contas após o vencimento ou até mesmo as dívidas com as companhias de água, energia, gás e telefonia. A partir disso, todos os registros de descumprimento dos compromissos financeiros são enviados para o Serasa e desta forma é criada a base de inadimplência que existe atualmente no Brasil.
Falando da Bahia, os olhares se volta para a capital, Salvador, que é a cidade com maior número de empresas endividadas. No mês de agosto foi registrado o maior percentual com um total de 105.041 delas inadimplentes. E isto, segundo o Serasa se dá às questões estruturais, de má gestão e a falta de educação financeira, fatores considerados como os mais preocupantes. E isto pode complicar ainda mais a vida das empresas, uma vez que as dívidas afetam na obtenção de créditos financeiros e podem resultar diretamente na falência de um negócio.
Na atualidade, a média de dívidas por CNPJ vista no Brasil é de sete credores, o que dificulta ainda mais a vida dos endividados. Para poder amenizar ou acabar com essa situação incomoda, a sugestão do Serasa Experian é que os empreendedores e empresários brasileiros e em especial os baianos, recorram a uma renegociação das dívidas em aberto. Isto é visto como uma forma mais fácil para voltar a uma situação de normalidade de funcionamento das empresas e, consequentemente, do acesso a crédito.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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