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ALIANÇA DE BOLSONARO COM PP ROMPE BARREIRAS EM 19 CIDADES

Redação - 12/08/2022 13:57

A coligação fechada nacionalmente entre o PL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro tenta a reeleição ao Palácio do Planalto, e o PP, umas das principais legendas de sustentação do governo federal, não se replicou na maioria dos palanques estaduais. As siglas são aliadas em 7 estados, mas adversárias em outros 19. Apenas em 1 estado, o Tocantins, um dos partidos não declarou apoio a ninguém. O prazo final para as convenções partidárias se encerrou na sexta-feira (5). Bolsonaro, que se lançou numa chapa pura com o general Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa), também do PL, de vice, tem entre seus escudeiros mais fiéis dois integrantes da cúpula do PP: Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, e Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados.

Em alguns locais, ocorrem pelo país situações inusitadas em que, mesmo em lados opostos na disputa estadual, os candidatos das duas legendas tentam colar a sua imagem à de Bolsonaro. Isso acontece, por exemplo, em Roraima, em que Teresa Surita (MDB) é apoiada pelo PL, e Antonio Denarium, candidato à reeleição pelo PP. O discurso de ambos é a favor da gestão bolsonarista. No Rio Grande do Sul, é a mesma coisa: tanto Onyx Lorenzoni, candidato pelo PL e ex-ministro do atual governo, quanto Luis Carlos Heinze, do PP, integrante da tropa de choque do Palácio do Planalto na CPI da Covid, vão pedir votos para Bolsonaro. Em outros estados, porém, na contramão da coligação nacional, o nome apoiado pelo PP vai fazer campanha para Luiz Inácio Lula da Silva, principal rival de Bolsonaro. No Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), que terá apoio do PP, já anunciou que subirá no palanque do petista.

Atualmente, o Partido Liberal e o Progressistas, que integram o chamado Centrão, são as duas maiores bancadas da Câmara dos Deputados. O PL conta com 77 parlamentares e o PP, com 58. Juntas, as siglas somam 135 deputados (quase um quarto dos 513 da Câmara). O comportamento do PP e PL no pleito de outubro, em que o apoio na corrida presidencial não se reflete necessariamente nos acordos estaduais, não é único no xadrez eleitoral. Com o PT e o PSB, cuja aliança nacional que resultou na chapa Lula-Alckmin à Presidência, aconteceu algo similar. As legendas estão no mesmo palanque em 15 estados, mas são adversárias em outros 9.

 

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