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PRODUTIVIDADE DO TRABALHO NA INDÚSTRIA CRESCE 5,9%, DIZ IBGE

Redação - 21/07/2022 13:20

O aumento no valor gerado pela indústria baiana em 2020, aliado à queda no número de trabalhadores no setor, levou a um recorde na produtividade (valor gerado por pessoa ocupada), que chegou a R$ 264.596/ocupado. Houve um aumento nominal de 5,9% frente a 2019 (R$ 249.829). O estado voltou a apresentar crescimento nesse indicador, após o resultado negativo entre 2018 e 2019. Apesar disso, a Bahia caiu no ranking nacional da produtivo industrial, da 5ª para a 6ª posição. Pará (R$ 912,1 mil/pessoa ocupada), Rio de Janeiro (R$ 503,1 mil/ocupado) e Amazonas (R$ 444,4 mil/ocupado) lideravam na produtividade industrial, em 2020.

No país como um todo, a produtividade das unidades locais industriais foi de R$ 210,4 mil por pessoa ocupada em 2020, 9,1% maior que em 2019. Indústria alimentícia lidera aumento de unidades locais, e fabricação de celulose e papel tem maior ganhos de valor gerado e produtividade. Em 2020, o aumento no número de unidades locais industriais na Bahia foi puxado, em termos absolutos, pela fabricação de produtos alimentícios. As unidades locais do segmento no estado passaram de 854, em 2019, para 1.422 em 2020: mais 66,5% ou mais 568 unidades em funcionamento, em um ano. Com isso, a produção de alimentos se manteve como o setor com mais unidades na indústria baiana, representando 25,5% do total do estado.

Por outro lado, a confecção de artigos do vestuário e acessórios foi o segmento que mais perdeu unidades no estado, caindo de 427 em 2019, para 234 em 2020, o que representou menos 193 unidades no período (-45,2%). Por isso esse setor foi o que mais influenciou na queda geral no pessoal ocupado na Bahia. Entre 2019 e 2020, o número de trabalhadores no segmento de vestuário recuou de 11.261 para 9.798 (menos 1.463 ou -13,0%). Por outro lado, o segmento que mais ajudou a segurar a queda no pessoal ocupado na indústria baiana no período foi o de fabricação de produtos de minerais não-metálicos, que teve um aumento de 1.528 trabalhadores, chegando a 15.771 em 2020 (+10,7% no período).

A fabricação de produtos alimentícios também teve leve aumento no pessoal ocupado (+0,1% ou mais 48 trabalhadores), chegando a 40.486, mantendo-se como o setor que mais emprega na indústria baiana, com 18,8% dos ocupados. Enquanto, na Bahia, a indústria alimentícia tem mais unidades e emprega mais, os dois líderes históricos na geração de valor industrial são, respectivamente, a fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis e a fabricação de produtos químicos.  O primeiro segmento gerou, em 2020, R$ 14,7 bilhões (25,9% do VTI do estado), enquanto o segundo teve VTI de R$ 8,5 bilhões (14,9% do total). Juntos, responderam, portanto, por R$ 4 de cada R$ 10 gerados pela indústria na Bahia (40,8% do VTI do estado).

Entretanto, entre 2019 e 2020, quem mais puxou para cima o valor da transformação industrial baiana, em termos absolutos, foi a fabricação de celulose, papel e produtos de papel, com um ganho de R$ 1,718 bilhão em um ano (+45,4%). Em segundo lugar veio a fabricação de produtos químicos (mais R$ 1,718 bilhão ou +25,4%) e, em terceiro, a fabricação de produtos alimentícios (mais R$ 1,391 bilhão ou +29,5%). A fabricação de celulose, papel e produtos de papel, além de ter liderado o aumento do valor da transformação, também teve o maior ganho absoluto de produtividade do trabalho no período, passando de R$ 442,7 mil/ocupado, em 2019, para R$ 628,5 mil/ocupado em 2020 (mais R$ 185,9 mil ou mais 42,0% em um ano).

Foto: divulgação

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