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ENTREVISTA COM LUIZ DE MENDONÇA CEO DA ACELEM

Redação - 11/07/2022 07:00

Por: João Paulo Almeida

Bahia Econômica – Hoje o preço da gasolina sofre com altas sucessivas e segundo dados da Agência Nacional de Petróleo a Bahia tem a gasolina mais cara do Brasil. Qual critério a Acelen está utilizando para precificar a gasolina no estado ?

Luiz de Mendonça – Nós estamos inseridos em um contexto macro. O barril de petróleo que era vendido a 90 dólares hoje sai a 130 dólares, além disso, temos uma questão de guerra, alta de inflação, e falando especificadamente na Bahia, uma questão de custo para transporte. Então utilizamos o mercado e as circunstâncias que ele nos oferece para precificar. Vale lembrar que não é só a gasolina que ficou, cara. Trigo, soja, alimentos, e uma serie de outros que dependem do petróleo e do contexto global também tiveram reajustes acima da média. Nós sabemos que o preço do combustível é um problema, mas precisamos também analisar a questão que como é composto esse preço. Tem imposto, tem custo de deslocamento, tem questão de produção, então não é a acelen responsável por definir o preço. Às vezes baixamos o preço na refinaria e não cai na bomba, subimos na refinaria e não sobe na bomba. Estamos inseridos em um ambiente complexo essa é a verdade.

Bahia Econômica – Falando um pouco desse custo que a Acelen tem para entregar e receber produtos, a empresa tem planos de investimentos na área de logística ou portos?

Luiz de Mendonça – No momento o objetivo da empresa é investir em melhorias no que já está pronto. Em termos de portos, por exemplo, poder trazer navios maiores, com mais agilidade e segurança, ter equipamentos mais modernos para poder se trabalhar com mais velocidade. Buscar melhorias em logística para fazer com que o trabalho seja feito mais rapidamente. Novos investimentos nesse sentido estão no radar sim, mas não iremos comprar nenhum novo porto, nem construir novos portos.

Bahia Econômica – Sobre a questão dos protestos dos sindicatos dos petroleiros que chegaram a buscar a justiça contra a empresa, como o senhor está lidando com essa questão?

Luiz de Mendonça – Temos uma relação de muito respeito com o sindicato e todas as suas demandas. Sabemos das questões que eles levantam e vamos buscar um dialogo sadio sempre. Estamos tendo esse dialogo e o que é importante de se dizer que em nenhum momento as portas do diálogo foram fechadas. Eles questionam a questão dos preços e nós entendemos, eles questionam questões de trabalho e nós estamos com projetos em andamento para solucionar. Vamos manter o bom relacionamento.

Bahia Econômica – O Brasil vive um momento de eleição, onde um dos principais candidatos estão levantando a possibilidade de revisão nos contratos de concessão no país. Como o senhor analisa essa questão? 

Luiz de Mendonça – Não acredito que isso venha atrapalhar o trabalho da Acelen. Estamos ciente do processo, porém nosso foco, meu foco, agora é  trabalhar na Bahia para ser competitivo no cenário internacional. Essa questão política ele deve ficar em segundo plano. O que eu acredito é que independente de quem venha a vencer a eleição, o trabalho tem que continuar com transparência.

  

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