O homem mais rico do mundo, Elon Musk, tem um perfil bastante peculiar e comportamentos dados como esquisitos. Dono da maior fabricante de carros elétricos do mundo e da maior empresa de viagem espacial, Musk chama suas filhas de “x” e “y”. Agora, ele volta sua atenção e fortuna para uma das redes sociais mais influentes do planeta, o Twitter, e levanta dúvidas sobre suas intenções. Esta semana, Musk conseguiu comprar a empresa por US$ 44 bilhões. Como usuário da rede, ele é considerado encrenqueiro. Já xingou de “pedófilo” um mergulhador inglês que tentava salvar crianças presas em uma caverna na Tailândia em 2018, minimizou a gravidade da pandemia de Covid-19 e caçoou da barriga de Bill Gates.
O bilionário é dono de uma fortuna de US$ 250 bilhões, equivalente a mais de R$ 1 trilhão. A maior parte deste dinheiro vem dos carros elétricos da marca Tesla, 100% elétricos, que praticamente se dirigem sozinhos. A Tesla, com seus carros que não poluem, está avaliada em cerca de US$ 1 trilhão, só um pouco menos que o PIB da Espanha. No Brasil, a empresa não tem representação oficial, mas algumas lojas fazem importação independente dos veículos e cobram um preço até três vezes mais alto que o cobrado nos Estados Unidos.
Elon Musk nasceu na África do Sul, em 1971, filho de uma modelo e de um engenheiro muito linha-dura com a família. O menino era um supernerd, que decorava enciclopédias e era fissurado em computação. Em sua biografia, ele desenterra lembranças amargas da escola, onde sempre apanhava dos colegas que o achavam muito metido. Aos 17 anos, se mudou pra fazer faculdade no Canadá. Formado, foi para o Vale do Silício, na Califórnia, a meca da tecnologia. Em 1999, com 28 anos, Musk já tinha cerca de US$ 200 milhões, depois de criar duas empresas de internet, que ele vendeu para firmas muito maiores.
O primeiro casamento foi no ano 2000, com a namorada de faculdade, Justine Wilson. Tiveram cinco meninos: primeiro gêmeos, depois trigêmeos. Em um texto, ela conta que só ao se divorciar, em 2008, descobriu que um papel que Elon pediu pra ela assinar, dias depois do casamento, era um contrato em que ela abria mão do dinheiro do marido. O jornalista Jeffey Kluger, da revista “Time”, que já entrevistou Elon várias vezes, relembra entrevista em 2010, quando o bilionário falou sobre a SpaceX, sua empresa que hoje se tornou uma grande fornecedora para a Nasa.
“O Elon tem uma visão de longo prazo que a Terra pode ficar inabitável, e vamos ter que nos tornar uma espécie multiplanetária. Os primeiros passos para isso são a Lua e Marte, nossos vizinhos mais próximos. Elon é movido por essa vontade de explorar novos mundos. Esse comportamento está no nosso DNA”, conta. Mas toda essa ambição tem um preço. De acordo com ex-funcionários que não quiseram se identificar, trabalhar com Elon Musk é torturante, com exigências sobre-humanas. Nunca menos de 12 horas por dia de trabalho, cobranças muito pesadas, constantes, e um clima em que todo mundo desconfia de todo mundo.
Foto: divulgação