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SEMANA SANTA E SÃO JOÃO AQUECEM O TURISMO

admin - 14/04/2022 15:35 - Atualizado 19/04/2022

Após dois anos de redução drástica no fluxo de turistas, a Bahia volta a ser destaque no Brasil nos feriados da Semana Santa. Com os casos de Covid-19 em queda livre, graças à vacinação em massa, as restrições foram eliminadas e a flexibilização do uso de máscara já permite que o turista curta a Bahia em sua plenitude. O trade turístico está esperançoso, pois em 2021 a taxa de ocupação média dos hotéis nos feriados da Semana Santa foi da ordem de 40% e este ano a expectativa é de que supere, em média, os 60%, e chegue próximo aos 100% nos destinos mais procurados.

É verdade que essa expectativa pode não se realizar, por conta do aumento no preço das passagens áreas, mas Salvador aparece como o quarto destino mais procurado do Brasil no período e outros destinos como Praia do Forte, Porto Seguro e Morro de São Paulo estão com alta taxa de reservas, afinal a população, após dois anos de isolamento, está ávida por sair de casa. Quem anda por Salvador percebe um crescente aumento na movimentação de turistas e os números já registram isso. No último trimestre de 2021, o volume das atividades turísticas na Bahia cresceu 44%, bem acima do verificado no país, da ordem de 26% segundo a SEI. E a semana santa vai a cada dia tornando-se um elo importante no turismo baiano, com a ampliação do turismo religioso, que já tinha importância em outros municípios e passou a ter também em Salvador, com o chamado Roteiro da Fé, com a devoção a Santa Dulce dos pobres.

O fato é que o turismo na Bahia está voltando ao patamar de antes da pandemia e as expectativas são favoráveis nos próximos meses, pois o governo do Estado já garantiu a realização do São João, uma festa de enorme apelo turístico. O São João atrai milhares de turistas e algumas cidades do interior da Bahia multiplicam por três sua população, gerando toda uma cadeia de atividades, que criam empregos, renda e oportunidades de negócios. Cidades como Mucuge^, Amargosa, Lençóis, Cruz das Almas, Cachoeira, Senhor do Bonfim, Jequié, Piritiba e muitas outras registram 100%  de ocupação hoteleira  nas festas juninas  e até Salvador tornou-se um polo receptivo.

As ações envolvidas com a festa englobam, além do turismo propriamente dito, os recursos alocados pelos governos estaduais e municipais; a montagem e instalação de verdadeiros parques de consumo e diversão, com barracas e pontos para ambulantes; a atividade hoteleira; a realização de festas privadas; a geração de infraestrutura; o pagamento de músicos e de espetáculos; a arrecadação de impostos e dezenas de outras atividades propiciadas pelas festas juninas. Pois é, seja na Semana Santa ou no São João, turismo é economia na veia, mas é preciso viabilizar eventos que mobilizem os fluxos turísticos e ampliar o turismo de negócios, que compensa o de lazer na baixa estação.

EMPREGO NA BAHIA

Duas cidades baianas estão entre as 20 cidades brasileiras que mais criaram empregos formais no país entre julho de 2020 e fevereiro de 2022: Porto Seguro e Santo Antônio de Jesus. Porto Seguro ficou em segundo lugar no ranking, criando mais de 10 mil postos de trabalho, uma elevação de 50% no período. A razão foi a retomada da atividade turística e o estudo mostra que dos 20 municípios brasileiros com maior ritmo de retomada na criação de empregos 15 estavam ligados à exportação de commodities agrícolas ou minerais ou ao turismo, O outro município foi Santo Antônio de Jesus, o 19º no ranking, com incremento de 23% representando a criação de 4,2 mil postos de trabalho. O estudo foi da CNC.

                                                                                 OS JUROS E A INFLAÇÃO

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ficou surpreso com a inflação de 1,6% em março, a maior desde 1994. Campos esperava que, após elevar os juros de 2% para 11,75%, a inflação iria recuar imediatamente. E iria, se fosse uma inflação de demanda, pois aumento de juros serve para inibir o crédito e o consumo. Mas a inflação brasileira não é só de demanda, é de custos. Ou seja, existe uma indexação direta entre aumentos nos combustíveis e elevação nos custos de produção, que precisam ser repassados, com ou sem demanda, senão fica inviável produzir. Num quadro como esse, taxas de juros altas são pouco eficientes e para dar resultado precisarão levar o país à recessão.

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