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JOÃO VICTOR IGLESIAS: A MINERAÇÃO NA BAHIA PODE ATRAIR INVESTIDORES

Redação - 07/03/2022 10:07 - Atualizado 07/03/2022

Os resultados do relatorio do Sumário Mineral da Secretaria de Desenvolvimento Econômico evidenciaram que a Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) no mês de janeiro, teve um aumento de R$ 41 milhões em relação ao mesmo período no ano anterior. Esse dado, sozinho, talvez, não queira dizer nada. Porém, quando contextualizado, aponta para o sucesso de uma politica estratégica eficiente realizada pelo Estado da Bahia.

No final do ano passado, a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral declarou que durante 2019 e 2020, o Estado investiu estrondosos R$ 600 milhoes em pesquisas no setor da mineração. O montante fez da Bahia o ente federativo que mais aportou capital no setor durante esse intervalo de tempo. Nao à toa, os anos de 2020 e 2021 foram marcados pela descoberta de novas fontes de exploração mineral, à exemplo das minas de nìquel encontradas no Sul da Bahia em área gerida pela Atlantic Nickel, controlada pelo grupo Appian Capital Brazil, a única produtora do mineral em estado sulfetado em operação no país.

Além disso, cerca de 4 meses atras, a excursão de Rui Costa pela Europa incluiu um exótico passeio ao Cazaquistão que suscitou um emeranhado de duvidas na cabeça dos contribuintes: qual seria a razão de uma viagem, cujo trajeto partindo de Salvador pode durar 18 nada confortáveis horas de avião rumo a um país perdido no meio da Asia? A resposta é pragmática. A comitiva foi tratar com o Eurasian Group Resources, fundo de investimentos do pais asiático, uma possível expansão das parcerias com nosso Estado. A holding é dona da Bamin, empresa de mineração com atividade em Caetité vencedora da licitação da FIOL, Ferrovia Oeste Leste, no valor de 6 bilhoes de reais.

A ferrovia foi um investimento estratégico da companhia, a fim de escoar os minérios extraídos no município baiano. Todas essas iniciativas fazem parte de um mesmo escopo de ações coordenadas, que buscam envolver a pesquisa científica, promovida pelo Estado, com investidores internos e externos. Tal combinação, caso bem feita, pode proporcionar resultados consistentes, como os vistos na extração mineral. Esse arranjo, sob chancela do Estado é o segredo para que resultados econômicos como os que a Bahia alcancou no setor da mineração se espalhem para outras cadeias produtivas. O PNRR italiano, programa de recuperacao econômica pós covid do paìs, e os demais programas oriundos de fundos oferecidos pela União Europeia adotam um paradigma similar. Estado, pesquisa e investidores tornam-se parceiros estratégicos circunstanciais em areas sensiveis.

Para a Bahia, a aplicação de tais estrategias para outras áreas e um maior engajamento e interlocução com os investidores brasileiros e internacionais pode representar uma gigantesca oportunidade de geração de emprego e renda e de valorização dos institutos de pesquisa, tao mazelados no Brasil atual, mas tão importantes na construção de economias sólidas.

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